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PSD/Porto pede "investigação profunda" a "páginas falsas" denunciadas

A concelhia do PSD/Porto pediu hoje uma "investigação profunda" que "comece por elencar os políticos e funcionários municipais que tiveram a página pessoal suspensa pelo Facebook", numa reação às "contas falsas" de ataque ao presidente denunciadas pela câmara.

PSD/Porto pede "investigação profunda" a "páginas falsas" denunciadas
Notícias ao Minuto

16:14 - 26/07/18 por Lusa

Política Câmara Municipal

A posição da concelhia do PSD do Porto foi divulgada naquela rede social e a veracidade da sua autoria foi confirmada pela Lusa junto de Hugo Neto, vice-presidente da estrutura partidária, que recusou acrescentar comentários sobre as contas "falsas e anónimas" que a autarquia diz terem sido criadas para "atingir politicamente" o presidente da câmara, o independente Rui Moreira.

"Diariamente, dezenas de perfis falsos poluem o Facebook, quer fazendo-se passar por Rui Moreira, quer fazendo-se passar por apoiantes de Rui Moreira. Estamos certos que Rui Moreira, tal como o PSD do Porto, repudia estas atitudes e estratagemas de comunicação", escrevem os social-democratas.

O PSD/Porto recomenda, "por isso, que se faça uma investigação profunda, que comece por elencar os políticos e funcionários municipais que tiveram a sua página pessoal suspensa pelo próprio Facebook".

A Câmara do Porto apelou na quarta-feira aos munícipes para denunciarem "páginas falsas" criadas para "atingir politicamente" o presidente e funcionários da autarquia, ameaçando usar todos os meios "para identificar os autores", que as autoridades podem "perseguir".

"Apela-se aos munícipes que detetem este tipo de página e ataque cobarde, mentiroso e anónimo, que denunciem às respetivas plataformas qualquer página que percebam ser falsa", disse a Câmara em comunicado, prometendo agir "sempre em conformidade" para "identificar os autores e proceder contra eles", pois "as autoridades têm hoje, felizmente, meios e competência para os perseguir".

A câmara diz que "tais contas, falsas e anónimas, têm vindo a ser denunciadas às plataformas que as suportam e onde se encontram alojadas".

A autarquia referiu ainda "ataques digitais inéditos em Portugal", feitos à Câmara do Porto e ao seu presidente para "adulterar os resultados eleitorais" das autárquicas de 2017.

Questionada pela Lusa, a câmara não respondeu sobre se fez queixa do caso à Comissão Nacional de Eleições (CNE) ou ao Ministério Público (MP).

No comunicado, o município escreve que, "na sequência das denúncias feitas pela autarquia ao MP, a investigação da Polícia Judiciária (PJ) [...] conduziu a suspeitos, incluiu buscas numa autarquia de freguesia, num tribunal e levou os inspetores a interrogar políticos, funcionários de uma Junta, uma funcionária judicial e uma jornalista".

Esta informação coincide com dados que o Jornal de Notícias (JN) divulgou a 29 de junho como fazendo parte do despacho de arquivamento, por parte do MP, da queixa feita por Rui Moreira em 2016 no âmbito do caso Selminho, a imobiliária do autarca.

Questionada pela Lusa sobre se se estaria a referir ao mesmo caso, a autarquia respondeu: "Não temos mais nada a acrescentar".

"Infelizmente, estes procedimentos criminosos, que custaram aos seus autores valores avultados, pagos sabe-se lá como a servidores instalados no estrangeiro para disparar mentiras e calúnias e influenciar o sentido de vota dos eleitores, ficaram, na investigação, sem acusação", acrescentava o comunicado.

Isto porque, dizia a autarquia, não foi "possível ainda ao MP reunir prova suficiente contra os suspeitos que chegou a indicar na extensa investigação desenvolvida".

A 29 de junho, a câmara disse ao JN que, perante o despacho de arquivamento da queixa sobre o caso Selminho, pretendia "constituir-se como assistente no processo e mandar abrir instrução, juntando dados que poderão ser úteis para levar a julgamento alegados suspeitos".

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