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Rio? "Ainda não percebi exatamente o que é. Vejo muito zigue-zague"

Assunção Cristas acusou Rui Rio de seguir uma política do "zigue-zague" e estabeleceu a necessidade de "afinamento" em temas e prioridades com o PSD. "Ainda não percebi exatamente todos os pontos", disse a líder do CDS.

Rio? "Ainda não percebi exatamente o que é. Vejo muito zigue-zague"
Notícias ao Minuto

08:58 - 26/07/18 por Melissa Lopes

Política Assunção Cristas

Admitindo uma Geringonça à Direita, Assunção Cristas afirmou, em entrevista ao jornalista Daniel Oliveira, que é preciso trilhar um “caminho de afinamento” com o PSD, no que diz respeito a temas, prioridades e de grandes questões, em várias áreas da governação, para os dois partidos ‘alinharem’ juntos numa solução governativa.

Em entrevista ao 'Perguntar não Ofende', a líder do CDS disse ainda não ter percebido “exatamente o que é” o novo líder do PSD, Rui Rio.

“Ainda não percebi exatamente o que é que ele é, com toda a franqueza. Vejo muito zingue-zague em muitas matérias. Aliás, aqui no Parlamento vemos isso frequentemente: mudança de posições do PSD. Ainda não percebi exactamente todos os pontos”, afirmou quando questionada se Rio seria pouco liberal. 

Na mesma entrevista, Assunção Cristas sublinhou que para “haver uma alternativa no país” é preciso o centro-direita ter 116 deputados. “Isso significa, pelo menos, somar CDS e PSD. E dentro desses 116 vou trabalhar para ser a primeira escolha, sim”, afiançou.

Sobre as diferenças entre o CDS e o PSD, histórico parceiro de governação, Cristas afirmou que Rio tem “claramente uma segunda opção” que os centristas não têm, referindo-se à possibilidade de os social-democratas apoiarem uma solução de Bloco Central.

E essa é a grande diferença entre nós, neste momento, do ponto de vista estratégico. Rui Rio imagina que se não conseguir fazer o tal bloco centro-direita, então acha preferível libertar o PS do PCP e do BE e fazer um bloco central apoiando de forma direta, num governo ou no Parlamento, o PS e nós achamos que essa não é solução e não é o que interessa ao país”, defendeu.

Interrogada sobre se se vê num governo liderado por Rui Rio, a líder do CDS respondeu que é preciso fazer um caminho de “afinamento de temas, de prioridades, de grandes questões, em várias áreas da governação”.

E completou: “O que tenho dito sempre é que é perfeitamente possível fazer esse caminho, mas neste momento estamos numa fase em que cada partido, e eu e Rui Rio convergimos nessa matéria, que o que faz sentido para o centro-direita é cada partido afirmar-se por si e depois haverá certamente um caminho de diálogo e convergência. Tenho dito sempre que acho possível, pela nossa história”.

Em suma, e reforçando ainda: “É preciso muita discussão e afinamento de temas. É preciso percebermos o que é que Rui Rio pensa sobre um conjunto relevante de matérias”.

E Cristas vê-se numa solução em que o CDS não está no governo e apoia um governo PSD? “Tudo é possível. Até isso é possível, não vejo nenhuma obrigatoriedade do CDS ir para um governo com o PSD se não sentir que há uma convergência suficiente de matérias que leve a isso”, atirou, notando, contudo: “Idealmente devemos ter um governo em conjunto”.

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