Ministra da Presidência lembra dedicação à causa pública de João Semedo
A ministra da Presidência lembrou hoje o ex-dirigente do BE João Semedo, que morreu na terça-feira aos 67 anos, como "uma pessoa dedicada à causa pública", sempre "capaz de fazer pontes para um Portugal melhor".
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Política Óbito
Maria Manuela Leitão Mendes, que representou o primeiro-ministro, António Costa, no velório de Semedo, afirmou que guarda dele "a imagem de uma pessoa dedicada à causa pública", algo que acredita que "deve tocar todos os portugueses". Costa encontra-se em Cabo Verde a participar na cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que hoje termina na ilha do Sal.
Em declarações à porta da Cooperativa da Árvore, no Porto, onde decorreu o velório do ex-militante do BE, a ministra relembrou também os "muitos legados" que Semedo deixa, como "médico, defensor do serviço de saúde", mas também como "homem, combatente antifascista e democrata".
A governante acrescentou que "o principal legado" do ex-dirigente do BE "é ter sido um homem da causa pública durante toda a sua vida".
Após 30 anos de militância no PCP, João Semedo aderiu ao BE em 04 de abril de 2007, apesar de a aproximação ao partido ter acontecido três anos antes, quando integrou, enquanto independente, as listas bloquistas às eleições europeias de 2004, a convite de um dos fundadores do Bloco Miguel Portas.
Depois da saída de Francisco Louçã de líder do partido, entre 2012 e 2014, João Semedo assumiu a coordenação, em conjunto com Catarina Martins, numa solução de liderança bicéfala que os bloquistas viriam a abandonar.
O ex-coordenador do BE e médico teve uma vida marcada pela política e participação cívica, tendo as duas últimas lutas sido a despenalização da eutanásia e a defesa do Serviço Nacional de Saúde.
A batalha de João Semedo contra o cancro começou em 2015, quando renunciou ao mandato de deputado da Assembleia da República que exercia desde 2006.
Semedo, que nasceu em Lisboa, a 20 de junho de 1951, vivia no Porto há mais de 40 anos.
Entre 2000 e 2006, foi presidente do Conselho de Administração do Hospital Joaquim Urbano, naquela cidade.
Em 2017, Semedo foi apresentado como cabeça-de-lista do BE à Câmara do Porto nas autárquicas de 2017, mas acabaria por renunciar devido a problemas de saúde, passando a candidato à Assembleia Municipal.
Tomou posse como deputado municipal do Porto, onde se manteve até abril.
Renunciou ao mandato de deputado, por considerar que não existia, "a médio prazo, a possibilidade de retomada de representação pública", pelo que se entendeu "mais indicado optar por uma renovação" do grupo municipal do BE, explicou na ocasião à Lusa fonte partidária.
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