Em "momento de perda", Carlos César recorda "cidadão empenhado na vida"
O líder parlamentar do PS considerou hoje que o ex-coordenador do Bloco de Esquerda João Semedo se distinguiu como resistente à ditadura e como cidadão empenhado no diálogo, na convergência política e na construção do Estado social.
© Fernando Fontes / Global Imagens
Política PS
"Neste momento de perda de um cidadão empenhado na vida da República, o presidente do Grupo Parlamentar do PS, Carlos César, transmite aos familiares e amigos de João Semedo e ao Bloco de Esquerda as suas condolências, evocando a memória do seu passado de resistência à ditadura, de construção da Democracia e do Estado Social e de disponibilidade para o diálogo e criação de espaços de convergência política", lê-se numa nota difundida pela bancada socialista.
Médico, antigo dirigente comunista e ex-deputado e coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo morreu hoje, aos 67 anos, vítima de cancro.
Para o Grupo Parlamentar do PS, João Semedo foi uma "figura de relevo maior da vida política nacional recente", tendo assumido desde a sua juventude "a defesa da liberdade e a luta contra a ditadura, através da militância na União dos Estudantes Comunistas e da eleição para o movimento associativo estudantil".
"Após o 25 de abril, através da sua militância no Partido Comunista Português, da participação na Renovação Comunista e da militância e assunção de funções dirigentes no Bloco de Esquerda, do qual seria eleito coordenador e pelo qual seria eleito deputado à Assembleia da República em três legislaturas, João Semedo foi um interveniente destacado da vida política nacional, complementando-a, na sua intervenção cívica, com uma igualmente intensa atividade sindical e associativa, no plano cultural e educativo", refere-se na mesma nota.
A bancada socialista salienta ainda a atividade de médico de João Semedo, "que exerceu com particular intensidade na década de 90", e que "foi igualmente marcada pela inovação e abertura a novos desafios".
"Recentemente, aliás, já após a cessação de exercício de cargos públicos, a sua intervenção cívica manteve-se intensa e focada precisamente, entre outras, na defesa e valorização do Serviço Nacional de Saúde, onde a colaboração com António Arnaut [ex-presidente honorário do PS] ilustrou a sua abertura ao diálogo e construção de pontes que foram a marca da sua vida pública", acrescenta-se.
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