Passos Coelho "jurava pelo diabo" e Rio "quer um milagre"
O primeiro-ministro, António Costa, recusou hoje, com ironia, o papel de milagreiro do Governo, criticando a mudança de discurso do líder do PSD, Rui Rio.
© Global Imagens
Política Estado da Nação
Foi no debate do Estado da Nação, no parlamento, em Lisboa, e em resposta ao deputado socialista Fernando Rocha Andrade, que o primeiro-ministro notou a mudança no discurso político de Rio.
O anterior líder, Pedro Passos Coelho, "jurava pelo diabo", e o atual presidente "quer um milagre", ironizou Costa, recordando uma frase de Rui Rio, que, há dias, afirmou que o "discurso do milagre económico é uma aldrabice política".
Minutos antes, Rocha Andrade citou, sem identificar, uma frase atribuída ao ex-ministro das Finanças do PSD Vitor Gaspar, em que disse que não havia dinheiro após a posse do anterior executivo PSD-CDS, em 2012.
A direita, acusou Rocha Andrade, passou da tese de "não há dinheiro para nada, qual das três palavras que não percebeu?", para a de que "há recursos para tudo".
E relativizou a ideia de que o Governo só agora percebeu que não há dinheiro para tudo.
"Se nos pedem milagres, podem estar satisfeitos, não somos santos milagreiros, somos um governo responsável", respondeu António Costa.
Antes, o deputado do PS e ex-secretário de Estado elogiou os resultados obtidos, no investimento, por exemplo, e a solução política, de acordo do PS com os partidos da esquerda lançada em 2015.
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