Ferreira Leite acusa Governo e sindicatos de andarem a fingir negociações
A ex-ministra das finanças, Manuela Ferreira Leite, criticou, no habitual espaço de comentário semanal na TVI24, a postura dos sindicatos e do Governo nas negociações da contagem do tempo de serviço dos professores.
© Filipe Amorim / Global Imagens
Política Educação
As negociações entre o Governo e os sindicatos dos professores continuam na ordem do dia e Manuela Ferreira Leite, no seu habitual espaço de comentário semanal na TVI24, criticou a postura que ambos têm adotado nos últimos meses e, em especial, na reunião de quarta-feira, onde o Executivo admitiu criar uma comissão para avaliar o custo real da recuperação do tempo de serviço nas progressões dos docentes.
De acordo com a ex-ministra das Finanças, tanto os sindicatos dos professores como o Governo estão a forjar negociações porque as sucessivas greves e protestos não abonam a favor de nenhum deles.
“O Governo tem o problema de não abrir o ano letivo de forma tranquila. A forma como o ano letivo abre marca quase sempre a legislatura e o Governo tem medo que esta situação se mantenha. Por outro lado, os sindicatos também percebem que estão a ficar mal vistos perante a opinião pública e também têm algum receio. Perante isto, ambos estão a tentar fingir que estão a iniciar negociações novamente”, começa por dizer a social-democrata para logo a seguir ironizar as palavras utilizadas pelo Governo no pós-reunião.
“O Governo disse que ia fazer um estudo muito sério e profundo, pelos vistos os que já existiam não eram sérios nem profundos. Então depois de todas estas greves, de tanto tempo de negociações não havia nenhum estudo? Então estiveram a negociar sobre o quê?”, questionou Manuela Ferreira Leite.
A social-democrata disse ainda não acreditar que o Executivo ceda às exigências dos professores que querem o descongelamento do tempo total das carreiras.
“O impacto financeiro seria muito significativo e portanto tornou-se a entrar numa encenação porque eu não quero acreditar que isto é verdade. E se não é encenação, então tenho de concluir uma coisa pior. Tenho de concluir que, então, andaram a fingir que estavam a negociar, que não havia estudo absolutamente nenhum”, explica.
Em jeito de conclusão, Manuela Ferreira Leite, sublinha que “este problema da educação é muito sério porque estamos a falar de um sistema que tem implicação no futuro dos jovens e é algo com que não se pode brincar”.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com