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Operação Tutti Frutti: "Partidos não vão gostar de se ver ao espelho"

Marques Mendes espera que partidos tenham "mão pesada" quando o resultado da investigação em curso - da operação Tutti Frutti - forem conhecidos.

Operação Tutti Frutti: "Partidos não vão gostar de se ver ao espelho"
Notícias ao Minuto

23:10 - 08/07/18 por Melissa Lopes

Política Marques Mendes

Luís Marques Mendes comentou, este domingo, a operação Tutti Frutti, que investiga alegados esquemas de corrupção (entre outros crimes) entre partidos, sobretudo o PSD e as autarquias. Para o social-democrata, “é bom que esta investigação se faça e que seja profunda”.

No seu habitual espaço de comentário na SIC, Marques Mendes sublinhou que as situações alvo de investigação (favores partidários, negócios pessoais, etc) são situações de que já se fala “há imenso tempo”.

Sendo algo que não é propriamente novidade, o social-democrata reforça que a investigação em curso seja profunda e que os partidos tirem “todas as consequências”.

Sinalizando que as suspeitas afetam negativamente - “é muito mau” - a imagem dos partidos e a vida política, Marques Mendes frisa que não pode haver “contemplações seja com quem for, seja o partido A ou o partido B”. “Se prevaricam têm que ser investigados”, sublinhou, antevendo que o resultado da investigação em curso, assim que se tornar público, seja “muito mau mesmo”.

“Acho que os partidos, quando isto vier a público, quando acabar o segredo de justiça, não vão gostar de se ver ao espelho”, atirou Marques Mendes, referindo-se, por exemplo, a falsificações de documentos, falsificações de inscrições, pagamentos de quotas. “Coisas altamente duvidosas”, resumiu.

No seu entendimento, “é bom que tudo isto seja posto em pratos limpos e não seja atirado para debaixo do tapete”.

Questionado pela jornalista se há algum líder partidário, no caso do PSD, que não tenha recorrido a esquemas envolvendo pagamento de quotas, Marques Mendes, que também foi líder do PSD, disse não saber. “Não sei, provavelmente sim”, limitou-se a responder, preferindo reforçar a ideia de que a um prevaricador, seja de que partido for, tem que ser aplicada a lei.

“Uma coisa são comportamentos que são menos corretos, moralmente aceitáveis ou não, outra coisa são comportamentos ilegais. Se vou fazer um negócio por via de corrupção autárquica para conseguir um favor, além de imoral, é ilegal”, sustentou, lançando de seguida questões sobre como vão agir os partidos quando forem confrontados com o resultado da investigação.

“Os partidos vão dar cobertura ou vão por tudo em pratos limpos? Vão ter mão de ferro para alguma transparência ou vão assobiar para o lado? Estou para ver". Para o antigo líder do PSD, não se pode aplicar aqui a máxima ‘há justiça o que é da justiça e à política o que é da política’. "Eu não penso exatamente assim. Há comportamentos que são de tal forma graves que exigem algum comportamento político da parte dos partidos”, rematou. 

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