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PSD exige contratação de profissionais para os hospitais de Guarda e Seia

O PSD da Guarda exigiu hoje do Governo a contratação urgente de profissionais para que seja reposto o "normal e decente" funcionamento dos serviços dos hospitais da Guarda e de Seia afetados pela escassez de recursos humanos.

PSD exige contratação de profissionais para os hospitais de Guarda e Seia
Notícias ao Minuto

10:18 - 05/07/18 por Lusa

Política Comissões

A Comissão Política Distrital do PSD/Guarda reagiu hoje em comunicado à decisão da Unidade Local de Saúde (ULS) que ajustou a oferta assistencial "para fazer face à escassez de recursos humanos agravada pela redução do horário de trabalho de 40 para 35 horas, desde o dia 01 de julho de 2018, e para não colocar em causa a qualidade e segurança dos cuidados a prestar aos doentes".

"É, pois, hora de reclamar do Conselho de Administração da ULS da Guarda e do Governo uma resolução satisfatória deste sério problema que criou, pois quem cá vive [no distrito da Guarda] tem o mesmo direito à proteção da saúde que os outros portugueses", refere o PSD no comunicado intitulado "A saúde na Guarda está doente".

Para a distrital social-democrata presidida por Carlos Peixoto, é "hora de exigir a contratação urgente de profissionais do setor, por forma a repor o normal e decente funcionamento dos diversos serviços" dos dois hospitais do distrito da Guarda.

Segundo a ULS, foi "temporariamente ajustada a oferta assistencial" no Hospital de Sousa Martins, na Guarda, com a redução de 16 camas em vários serviços e o encerramento da Unidade de Cuidados Intermédios de Cardiologia.

Para o PSD local, o Governo socialista, "apesar de insistentemente avisado, não cuidou de avaliar os impactos e as necessidades de alguns setores e apressou-se a satisfazer os caprichos da geringonça, determinando que os trabalhadores da função pública passassem a trabalhar menos cinco horas por semana".

"A caramunha é que, para compensar essa falta grave, obrigou a administração destes hospitais a reduzir camas, a reorganizar serviços, a diminuir os períodos e o número de cirurgias e a decrescer e a adiar as consultas externas", denuncia.

Segundo o PSD, na Guarda, a medida "forçou o encerramento da Unidade de Cuidados Intermédios da Cardiologia e criou constrangimentos nos serviços de Pneumologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia e Oftalmologia".

"Uma verdadeira razia. Perdem os profissionais de saúde, perde a população, perdem os utentes e perde o distrito. Só ganha o Governo, com o desinvestimento e com a poupança que faz", aponta.

Para a distrital social-democrata, "se a situação já era periclitante, tornou-se agora insustentável".

Como exemplo, refere que no Hospital Sousa Martins "uma consulta normal de ortopedia leva, em média, 581 dias para marcar (um ano e meio) e, se precisar de cirurgia, o utente tem de esperar, em média, mais 325 dias".

"Uma consulta de pneumologia normal tem 227 dias de tempo médio de espera e, se for prioritária, pode ser que aconteça em seis meses, isto é, 476 dias de espera para uma primeira consulta em Cardiologia", acrescenta.

Já em Seia, no Hospital Nossa Senhora da Assunção, o cenário, segundo o PSD, é "surreal: 801 dias de espera (mais de dois anos) para uma primeira consulta de Oftalmologia".

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