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"O grande problema é que nunca houve uma coligação de Esquerda"

Jerónimo de Sousa fala em fim de “um mito” e reitera que ‘Geringonça’ não é uma coligação, mas sim a “solução política” possível após as eleições legislativas de 2015.

"O grande problema é que nunca houve uma coligação de Esquerda"
Notícias ao Minuto

11:59 - 01/07/18 por Pedro Bastos Reis

Política Jerónimo de Sousa

O secretário-geral do Partido Comunista Português (PCP) afirmou este domingo que “nunca houve uma coligação de Esquerda” e denuncia uma “pressão inaceitável” por parte de António Costa e de Marcelo Rebelo de Sousa no sentido de os comunistas aprovarem o Orçamento do Estado para 2019.

No final da reunião do Comité Central do PCP, Jerónimo de Sousa disse que “termina um mito” relativamente a uma coligação de Esquerda que, na verdade, nunca existiu.

“O grande problema é que nunca houve uma coligação de Esquerda. Houve uma nova realidade política, resultante das eleições em que PSD e CDS ficaram em minoria, houve uma nova arrumação de forças na Assembleia da República que permitiu esta solução política”, afirmou o secretário-geral do PCP.

“Havia um Governo minoritário do PS, que encetou uma política no plano imediato, correspondente com o PCP declarou logo após as eleições, que agora era preciso construir”, especificou.

No que diz respeito ao Orçamento do Estado para 2019, Jerónimo de Sousa disse que António Costa, em “posição convergente” com Marcelo Rebelo de Sousa, está a pressionar o PCP para aprovar o documento, apesar de o seu conteúdo ainda não ser conhecido. Para além disso, o líder comunista fala em tentativa de “desviar” as atenções da “substância” do Orçamento.

“Claramente que a posição convergente do Presidente da República com as declarações do primeiro-ministro visam, em primeiro lugar, pressionar o PCP, e, em segundo lugar, desviar daquilo que vai ser a substância da proposta de lei do Orçamento do Estado. Não interessa, na opinião do Presidente da República e do primeiro-ministro, o que essa proposta de Orçamento diz, interessa é ser ou não votado”, atirou.

Por isso, garantiu o secretário-geral do PCP, o partido decidirá “com o máximo de independência”, apesar da “pressão inaceitável” existente sobre os comunistas.

“Pensamos que isto é uma pressão inaceitável e uma visão muito restritiva em relação à importância que assume a lei do Orçamento do Estado para 2019. Por isso, quando nos perguntam nós afirmamos claramente que pensamos com a nossa própria cabeça e decidiremos com o máximo de independência à luz dos interesses dos trabalhadores e do povo”, sentenciou.

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