Combustíveis mais baratos este ano? "É mentira"
Marques Mendes considerou a lei que acabaria com o suplemento cobrado no imposto sobre os produtos petrolíferos "inconstitucional".
© Global Imagens
Política Marques Mendes
Depois de esta semana as iniciativas legislativas sobre o adicional no imposto sobre os produtos petrolíferos serem aprovadas, este domingo Clara de Sousa questionou Marques Mendes na antena da SIC: "E agora?"
"Nada", foi a resposta do comentador que considerou as iniciativas "um exercício de loucura, demagogia e leviandade" e que declarou que a ideia que as pessoas têm de que "vai haver uma lei" que fará os combustíveis mais baratos este ano "é mentira".
"Não vai haver nenhuma lei para este ano alterar coisa nenhuma", disse Marques Mendes, acusando todos os partidos políticos de demagogia, "da esquerda à direita".
Mas primeiro culpou o Governo, que há dois anos disse "o petróleo está muito baixo, estamos a perder receita do IVA e portanto temos de fazer aqui uma compensação", algo que, segundo explicou Marques Mendes, o Executivo teria dito que seria transitório e terminaria quando o petróleo voltasse a subir. "Pois bem, o petróleo subiu e o que era transitório passou a definitivo".
Depois o ataque do comentador centrou-se, inicialmente, nas bancadas mais à direita, apontando o dedo a CDS e PSD. "Pela Constituição da República não é possível aos deputados, durante um ano, ou seja, durante a vigência do Orçamento, apresentarem propostas que diminuam receitas ou que aumentem despesas", esclareceu, referindo que foi exatamente isso que fizeram os dois partidos.
Posteriormente, passou para a esquerda e acusou o Bloco e o PCP de quererem agradar a gregos e troianos. "Os mesmos que aprovaram o Orçamento, há poucos meses, viabilizaram o suplemento. Agora, passados uns meses, viabilizam o contrário do suplemento", concluiu.
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