“O voto do CDS, e no CDS, não serve para meter no bolso de Costa”
Adolfo Mesquita Nunes quis demarcar-se do PSD, garantindo que o “voto do CDS, e no CDS, não serve para meter no bolso de António Costa”.
© Filipe Pinto / Global Imagens
Política Mesquita Nunes
Em causa está a entrevista que Silva Peneda, conselheiro de Rui Rio, deu ao jornal Público na qual defende que o líder do PSD deve negociar com Costa, caso a Geringonça não garanta Orçamento.
Face a essas declarações, o centrista Adolfo Mesquita Nunes afirmou, numa publicação na rede social Facebook, que “pode ser esse o caminho do PSD” mas que “não é seguramente o caminho do CDS”. “O voto do CDS, e no CDS, não serve para meter no bolso de António Costa”, firmou.
Recorrendo também ao Facebook, o social-democrata Carlos Abreu Amorim pediu a Riu Rio que esclarecesse a sua posição sobre o tema “quanto antes”.
O deputado, que apoiou Santana Lopes nas diretas do partido, não vê com bons olhos esta aproximação do PSD ao PS, relativamente à aprovação do próximo Orçamento do Estado.
Se Rio não esclarecer a sua posição “os eleitores do PSD podem pensar que é ele mesmo que está a falar através dos seus ventríloquos”, afirmou Abreu Amorim. Na sua opinião, “alguém tão próximo da liderança do PSD oferecer uma mensagem pública destas a cinco meses da votação do Orçamento do Estado é um erro político crasso” por três razões.
Primeiro, porque “dá conforto renovado a Costa” e “dilata o seu poder negocial dentro da Geringonça”. Segundo, porque “confunde perigosamente os militantes e simpatizantes do PSD, para além de absolver o PS de tudo o que disse e fez desde que tomou o poder”.
Por último, “pior de tudo: enfraquece as hipóteses de o PSD se afirmar como alternativa de Governo, pelos vistos preferindo ser uma muleta oferecida, uma ajuda descartável para um Governo que não a merece mas que, afinal, dispõe de todos os recursos políticos, à esquerda e à direita, para assegurar a sua sobrevivência”.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com