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"A medida entra em vigor em julho e agora é que o ministro faz cálculos?"

O setor do Saúde foi o grande visado do comentário semanal de Manuela Ferreira Leite emitido, esta quinta-feira, na antena da TVI24.

"A medida entra em vigor em julho e agora é que o ministro faz cálculos?"
Notícias ao Minuto

23:08 - 21/06/18 por Patrícia Martins Carvalho

Política Ferreira Leite

Para Manuela Ferreira está tudo “muito alheado” da situação do país, algo para o qual contribui, em parte, a crise no Sporting e o Mundial de Futebol da Rússia.

No entanto, e apesar das distrações, a antiga ministra das Finanças considera que faltando um “ano e meio para as próximas eleições seria de esperar que houvesse uma ideia de balanço quanto ao passado e um projeto do que se está a traçar para o futuro”.

“Mas eu não vejo nem uma preocupação, nem um balanço, nem um projeto”, lamenta Ferreira Leite.

Embora a situação de Portugal esteja agora “melhor” do que estava quando o Governo tomou posse em 2015, a comentadora volta a frisar que “aquilo [que foi feito até agora] só não chega” e que “para isto ter sustentabilidade é necessário que tomássemos medidas de correção do défice e medidas que em termos sociais seriam muito penosas”.

E essas medidas englobam as três áreas primordiais do país – Saúde, Segurança Social e Educação – que “precisam de reformas estruturais”. “E aí não vejo quase nada e pior é verem-se coisas que não conduzirão a um ataque sério à situação”.

Debruçando grande parte do seu comentário sobre o setor da Saúde, Manuela Ferreira Leite lamenta que o PS tenha decidido apresentar um projeto para a nova Lei de Bases quando o Bloco de Esquerda já tinha um projeto que foi preparado em conjunto por João Semedo e António Arnaut.

“Pelos vistos, [os dois partidos] não estão em consonância. E ainda temos que arranjar consonâncias com as outras forças políticas”, destaca.

Para terminar, a social-democrata critica a medida que aplica as 35 horas de trabalho semanais na Saúde, pois “não entrou ninguém” para colmatar a redução de horas de trabalho.

“A medida entra em vigor a 1 de julho e anda agora o ministro a dizer que anda a fazer cálculos. Agora?”, questiona, considerando que “não houve nenhum tipo de avaliação” quanto às implicações da aplicação da medida o que, a seu ver, é uma "irresponsabilidade".

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