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Loures reitera oposição ao encerramento de balcões da CGD no concelho

A Câmara Municipal de Loures reiterou hoje a sua oposição ao eventual encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no Prior Velho e Sacavém e instou o Governo a travar este processo.

Loures reitera oposição ao encerramento de balcões da CGD no concelho
Notícias ao Minuto

17:46 - 21/06/18 por Lusa

Política Bernardino Soares

O balcão da CGD do Prior Velho e de Sacavém, no concelho de Loures, poderão fazer parte de uma lista de 75 balcões que o banco público perspetivou encerrar até ao final deste mês, mas que até ao momento ainda não tornou pública. No entanto, os clientes destes balcões já foram notificados de que ambos encerrarão a partir de julho.

Esta tarde, em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares (CDU), afirmou que o eventual encerramento destes dois balcões irá "trazer consequências muito negativas para o município" e "empobrecer ainda mais o serviço prestado" pela CGD.

O autarca, que esteve presente na segunda-feira numa ação de protesto junto ao balcão do Prior Velho, adiantou que a autarquia foi agora surpreendida com a intenção de encerrar também uma das duas dependências da CGD existentes na cidade de Sacavém.

"Estes encerramentos irão agravar as desigualdades no acesso a serviços bancários e irão retirar à população e consumidores a confiança que deveriam ter numa instituição bancária de capitais públicos", sublinhou.

Nesse sentido, o autarca criticou "o silêncio" do Governo e da administração da CGD relativamente aos pedidos de esclarecimento da autarquia.

A Câmara Municipal de Loures solicitou reuniões com a administração da CGD e com o Ministério das Finanças.

Entretanto, o município aprovou na quarta-feira, por unanimidade, uma moção a contestar estes encerramentos.

O concelho de Loures dispõe na totalidade de nove balcões e serviços da CGD.

A CGD vai fechar cerca de 70 agências este ano, a maioria já este mês e nas áreas urbanas de Lisboa e Porto, indicou, na semana passada em comunicado, o banco público.

A CGD não indicou quantas são exatamente as agências que fecharão até final de junho nem onde se situam, dizendo apenas que muitos desses balcões estão em áreas urbanas.

Segundo informações recolhidas pela Lusa nas últimas semanas, entre as agências da CGD que irão fechar estão São Vicente da Beira (Castelo Branco), Darque (Viana do Castelo), Grijó e Arcozelo (Gaia), Pedras Salgadas (Vila Pouca de Aguiar), Prior Velho (Loures), Sacavém (Loures), Alhandra (Vila Franca de Xira), Abraveses e Rua Formosa (Viseu), Louriçal (Pombal), Avanca (Estarreja), Desterro (Lamego), Carregado (Alenquer), Colos (Odemira) e Alves Roçadas (Vila Real), Nogueira do Cravo (Oliveira de Azeméis), Perafita (Matosinhos) e Coimbra.

A CGD tinha 587 agências em Portugal no fim de 2017 e quer chegar ao final deste ano com cerca de 517.

A redução da operação da CGD, incluindo o fecho de 180 balcões em Portugal até 2020, foi acordada entre o Estado português e a Comissão Europeia como contrapartida pela recapitalização do banco público feita em 2017.

Em 2017 já tinham fechado 67 balcões, encerramentos que provocaram muita polémica e protestos, sendo o mais conhecido o caso de Almeida.

Assim, com o encerramento destes 70 balcões, a CGD terá ainda de fechar mais 43 balcões nos próximos dois anos.

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