PSD "indignado" com fecho do balcão da CGD em aldeia de Odemira
O PSD manifestou-se hoje "indignado" com o fecho da agência da Caixa Geral de Depósitos (CGD) na aldeia de Colos, concelho de Odemira, considerando "uma injustiça que o Governo e os partidos que o suportam o permitam".
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Política Alentejo
"É uma injustiça que o Governo e os partidos que o suportam permitam que isto aconteça", refere o PSD, num comunicado da concelhia de Odemira, no distrito de Beja, mostrando-se "solidário com as populações afetadas".
No comunicado, enviado à agência Lusa, o PSD refere que no interior do concelho de Odemira, que é "desfavorecido", a "maioria" dos habitantes é constituída por idosos com "condições financeiras precárias" e sem "conhecimentos básicos em tecnologia de informática que lhes possibilite o recurso às alternativas digitais que os bancos disponibilizam".
Por outro lado, continua, a rede de transportes públicos "é inexistente ou muito deficiente e desajustada das necessidades", a rede viária "está degradada" e a rede de telecomunicações "é deficitária".
O PSD questiona "o poder autárquico instituído" em Odemira, onde a Junta de Freguesia de Colos, a Câmara e a Assembleia Municipal são lideradas pelo PS, "como vão os idosos tratar dos seus assuntos financeiros quando não têm meios próprios para se deslocar a outra agência mais próxima".
"Afinal a vantagem tão apregoada do executivo camarário e do Governo pertencerem ao mesmo partido parece não surtir efeito quando o que está em causa é a salvaguarda dos interesses das populações que os elegeram", sublinham os social-democratas.
Também através da concelhia de Odemira, o Bloco de Esquerda, que tem um deputado na Assembleia Municipal, já se manifestou contra o fecho da agência de Colos da CGD, considerando tratar-se de "mais um golpe" para as freguesias do interior do concelho.
A CGD vai fechar cerca de 70 agências este ano, a maioria já este mês e nas áreas urbanas de Lisboa e Porto, e terá de fechar mais 43 nos próximos dois anos.
Num comunicado emitido na semana passada, a CGD não indicou quantas são exatamente as agências que vão fechar até ao final deste mês, nem onde se situam, dizendo apenas que muitos desses balcões estão em áreas urbanas.
A CGD tinha 587 agências em Portugal no fim de 2017 e quer chegar ao final deste ano com cerca de 517.
A redução da operação da CGD, incluindo o fecho de 180 balcões em Portugal até 2020, foi acordada entre o Estado português e a Comissão Europeia como contrapartida pela recapitalização do banco público feita em 2017.
Em 2017, a CGD já tinha fechado 67 balcões, o que provocou polémica e protestos.
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