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Separar famílias de imigrantes nos EUA é um "ato bárbaro"

O PCP condenou hoje a "política xenófoba e racista" dos Estados Unidos de concentrar imigrantes em campos de detenção e de separar as crianças dos pais, classificando-o como "um bárbaro ato que viola os mais elementares direitos humanos".

Separar famílias de imigrantes nos EUA é um "ato bárbaro"
Notícias ao Minuto

17:41 - 20/06/18 por Lusa

Política PCP

"A retenção de imigrantes em campos de detenção nos EUA e, particularmente, a detenção de crianças separadas dos pais, constitui um bárbaro ato que viola os mais elementares direitos humanos e é expressão concreta de uma política xenófoba e racista, que merece a mais viva condenação do PCP, demonstrada na sua coerente e determinada ação na defesa e afirmação dos valores da liberdade e da democracia", sustenta o PCP em comunicado hoje divulgado.

Os comunistas sublinham, contudo, que apesar de ter agora "adquirido maior visibilidade, dimensão e gravidade, em resultado da chamada 'política de tolerância zero' da atual Administração norte-americana, a política de detenção de migrantes e de separação de famílias não é exclusiva da Administração Trump, constituindo uma prática inscrita por Administrações anteriores".

"São conhecidos campos e instalações prisionais onde milhares de imigrantes foram detidos, bem como inúmeras denúncias que confirmam o carácter sistémico de uma política de imigração dos EUA profundamente exploradora, discriminatória e desumana, desenhada de acordo com os interesses dos grandes grupos económicos norte-americanos", lê-se no comunicado.

Segundo o PCP, "o tratamento desumano imposto a milhares de imigrantes nos EUA está longe de ser a única expressão de uma política que viola sistematicamente os mais elementares direitos humanos neste país, como se comprova pelas profundas discriminações e atentados aos direitos das diferentes minorias nos EUA, com destaque para os afro-americanos, ou pela manutenção de campos de detenção fora do território dos EUA".

O partido alerta também que "as práticas que agora causam justa comoção e revolta, nomeadamente no continente europeu, não são exclusivas da Administração dos EUA", verificando-se igualmente na Europa.

"As políticas da União Europeia -- que o eixo franco-alemão pretende agora aprofundar com o desenvolvimento do conceito de 'UE fortaleza' -- são igualmente desumanas, seletivas e exploradoras, tal como é patente na sua opção de financiar o retorno/expulsão e a criação de campos de retenção, nomeadamente em países terceiros, como na Turquia; na militarização da questão migratória; na usurpação de elementos fundamentais da soberania nacional, com a criação de uma 'polícia' e a imposição de uma política de asilo ao nível da UE; ou na política de seleção de imigrantes (o conhecido cartão azul) de acordo com as necessidades do grande capital", defende.

Reafirmando que "os movimentos migratórios que marcam o início do século XXI são uma consequência direta da natureza exploradora, opressora e agressiva do capitalismo", o PCP frisa ainda que "os milhões de migrantes e refugiados que são incorretamente 'apontados' como uma ameaça ou um perigo, são as principais vítimas das políticas de exploração, de guerra e de rapina de recursos que as potências imperialistas levam a cabo em diversas partes do Mundo".

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