O deputado José Luís Ferreira, do grupo parlamentar Os Verdes, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo sobre o apoio psicológico necessário aos bombeiros portugueses, sobre a necessidade de garantir que tantos as viaturas como equipamentos estão em perfeitas condições de funcionamento, assim como garantir toda a operacionalidade necessária para que as mulheres e homens que os operam possam exercer a proteção de pessoas e bens e em segurança.

Em comunicado, o partido ecologista dá a conhecer as questões concretas endereçadas ao Ministério da Administração Interna,  nomeadamente sobre se o Governo procedeu à transferência para as Associações Humanitárias do total dos montantes relativos às despesas feitas com os Incêndios de 2017 (alimentação, danos, combustível e pessoal).

Os Verdes querem também saber se o Governo garante a cobertura a todos os bombeiros com pelo menos um Equipamento de Proteção Individual para Incêndios Florestais. "Para quando está prevista a entrega de mais Equipamentos de Proteção Individual (EPI) florestal a cada bombeiro?", interrogam. 

E, ainda sobre este ponto, os ecologistas querem saber se está previsto que as despesas com esse material (fardamento, botas, lanternas, capacetes, luvas e outros) possam integrar as despesas de incêndios florestais, tirando desta forma a necessidade de reposição deste material por parte das Associações Humanitárias ou até dos próprios bombeiros.

Sobre a saúde mental dos bombeiros, Os Verdes questionam o Governo sobre quantos receberam apoio psicológico nos meses de junho a outubro de 2017. E destes, quantos continuam com apoio diferenciado. Mais: “Quantas vezes as EAPS [Equipas de Apoio Pisicosocial] foram ativadas pelos Comandos dos Corpos de Bombeiros nos meses de junho a outubro de 2017? Qual a periodicidade com que as EAPS visitam os Corpos de Bombeiros no território atribuído a cada equipa?”, lê-se no comunicado.

Tendo em conta as situações de stress a que os bombeiros estão sujeitos, “o Governo pondera reforçar o apoio psicológico a estes homens e mulheres, articulando com o Serviço Nacional de Saúde ou até mesmo com um aumento do número de elementos das EAPS?”, questionam os ecologistas, finalizando com perguntas sobre os kits de alimentação distribuídos aos bombeiros.

“O Governo confirma que não houve um único kit de alimentação a ser distribuído durante a Fase Charlie em 2017? Se não, quantos kits foram distribuídos e quais os Corpos de Bombeiros abrangidos?”