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PCP questiona Centeno sobre "vaga" de encerramento de balcões da CGD

O PCP questionou hoje o Governo sobre o encerramento de agências da Caixa Geral de Depósitos (CGD), nomeadamente o número de trabalhadores e clientes afetados.

PCP questiona Centeno sobre "vaga" de encerramento de balcões da CGD
Notícias ao Minuto

15:39 - 15/06/18 por Lusa

Política Bancos

Numa pergunta ao executivo entregue na Assembleia da República, os comunistas solicitam esclarecimentos sobre as agências "listadas para uma nova vaga de encerramentos", a avaliação que o Governo faz "dessa intenção da administração", "quantos clientes serão afetados" e "quantos trabalhadores serão afetados e em que moldes".

O grupo parlamentar do PCP questiona ainda o Ministério das Finanças sobre a sua avaliação da "alienação de negócios lucrativos da CGD no estrangeiro", nomeadamente em Espanha, e se equaciona reponderar esses concursos.

Os comunistas interrogam também o ministro das Finanças e presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, se "está disponível para contestar as imposições da Comissão Europeia" relativas ao banco público português.

Na segunda-feira, a CGD anunciou que vai fechar cerca de 70 agências este ano, a maioria já este mês, sobretudo nas áreas urbanas de Lisboa e Porto.

Contudo, ao contrário do que aconteceu no ano passado, o banco liderado por Paulo Macedo não revelou as agências que vão fechar.

No final de 2017, a CGD tinha 587 agências em Portugal. O objetivo agora é terminar o ano com 517.

O fecho de agências foi negociado com Bruxelas como contrapartida da recapitalização do banco público feita em 2017, para que essa operação não fosse considerada ajuda de Estado.

No total, o Estado português acordou com a Comissão Europeia o encerramento de 180 balcões em Portugal até 2020.

Tendo em conta que em 2017 fecharam 67 balcões e que este ano fecharão mais cerca de 70, a CGD terá ainda de fechar outras 40 agências nos próximos dois anos.

Segundo informações recolhidas pela Lusa nas últimas semanas, entre as agências da CGD que irão fechar estão São Vicente da Beira (Castelo Branco), Darque (Viana do Castelo), Grijó e Arcozelo (Gaia), Pedras Salgadas (Vila Pouca de Aguiar), Prior Velho (Loures), Alhandra (Vila Franca de Xira), Abraveses e Rua Formosa (Viseu), Louriçal (Pombal), Avanca (Estarreja), Desterro (Lamego), Carregado (Alenquer), Colos (Odemira) e Alves Roçadas (Vila Real).

Além da reestruturação da estrutura física, a CGD quer reduzir também o número de trabalhadores.

Tal como no ano passado, a CGD tem este ano aberto um plano de rescisões por mútuo acordo e de reformas antecipadas.

Em 2017, saíram da CGD em Portugal 547 trabalhadores, tendo o banco público 8.321 trabalhadores. No primeiro trimestre desde ano já houve a redução de mais 250 funcionários.

O objetivo da CGD é reduzir cerca de 2.000 pessoas entre 2017 e 2020.

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