Parlamento português saúda resultados da cimeira de Trump e Kim
A Assembleia da República saudou hoje "os resultados positivos" da cimeira entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte e congratulou-se com os "esforços de diálogo" para uma "paz estável e duradoura na Península da Coreia".
© Reuters
Política AR
Estas posições constam de um voto do CDS-PP e de uma parte de outro do PCP aprovados hoje pelo parlamento português.
No voto dos democratas-cristãos, aprovado por unanimidade, além de saudar "os resultados positivos" da cimeira, o CDS-PP apela ainda a que sejam adotadas "num futuro próximo todas as iniciativas necessárias com vista a corresponder aos termos gerais da declaração conjunta de Singapura".
Já do voto do PCP apenas foi aprovado, também por unanimidade, o primeiro ponto, na qual o parlamento se congratula "pelas iniciativas e esforços de diálogo e negociação com vista à normalização das relações e a uma paz estável e duradoura na Península da Coreia e na região".
O ponto rejeitado do voto do PCP - com votos contra de PS e PSD, abstenção do CDS e votos favoráveis dos restantes partidos e do deputado socialista Paulo Trigo Pereira - exortava o Governo português a "repudiar atos de ingerência, pressão e ameaça que desrespeitam os princípios da Carta das Nações Unidas e a apoiar as medidas que, no respeito da soberania do povo coreano, contribuam para a paz e a reunificação pacífica da Coreia".
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o seu homólogo da Coreia do Norte, Kim Jong-un, realizaram na terça-feira a primeira cimeira da história entre os líderes dos dois países, durante a qual se comprometeram a "construir um regime de paz duradouro e estável na península coreana".
Os líderes dos EUA e da Coreia do Norte acordaram a "total desnuclearização" da península coreana, numa cimeira que começou com um simbólico aperto de mão entre os líderes dos dois países, depois de quase 70 anos de confrontos políticos no seguimento da Guerra da Coreia (1950-53), e de 25 anos de tensão sobre o programa nuclear de Pyongyang.
O Governo português, através do ministro dos Negócios Estrangeiros, já tinha saudado a realização da cimeira entre o Presidente norte-americano e o líder da Coreia do Norte.
"Portugal pensa que é um facto positivo que a cimeira se tenha realizado, isso significa que a lógica da diplomacia prevaleceu sobre a lógica da confrontação, e em segundo lugar é positivo que os dois líderes se tenham comprometido com dois elementos muito importantes", referiu Augusto Santos Silva, na terça-feira.
O chefe da diplomacia destacou como os dois pontos essenciais da cimeira a desnuclearização da península da Coreia, "condição essencial para a paz e a segurança duradoura dessa península", e as "garantias de segurança e de apoio ao desenvolvimento económico da Coreia do Norte".
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