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Bloco quer saber número de despejos em bairros municipais no Porto

O Bloco de Esquerda do Porto está a realizar um levantamento freguesia a freguesia sobre casos de despejos nos bairros municipais, indicou hoje a deputada municipal Susana Constante Pereira, apontando que lhe têm chegado "relatos informais" sobre "situações insustentáveis".

Bloco quer saber número de despejos em bairros municipais no Porto

© Global Imagens

Lusa
12/06/2018 19:11 ‧ há 7 anos por Lusa

Política

Levantamento

Em declarações à agência Lusa, a líder do grupo municipal do Bloco de Esquerda descreveu que existe "uma grande preocupação sobre casos relacionados com habitação municipal" e apontou que fez chegar à câmara requerimentos e perguntas sobre esta matéria.

"Existem situações insustentáveis. Tivemos relatos informais sobre pelo menos 80 despejos em bairros do Porto. Falaram-nos de pessoas que vivem no carro", disse Susana Constante Pereira que hoje reuniu com a Provedoria do Inquilino Municipal do Porto para também questionar sobre esta matéria.

"Percebemos que há uma grande preocupação em redor deste tema, mas também analisamos que esta figura tem finitude. O provedor não é decisor político, não resolve o problema, não entrega casas", referiu a deputada bloquista.

Susana Constante Pereira apontou que "há cerca de dois meses e meio" fez chegar à câmara perguntas e requerimentos, documentos que o BE/Porto decidiu voltar a remeter, lamentando, disse a deputada, a ausência de resposta do executivo de Rui Moreira.

Entretanto foi agendada, a pedido dos bloquistas, uma assembleia municipal extraordinária para segunda-feira, na qual se pretende debater casos "sobre a realidade imobiliária da cidade", apontou a responsável do BE/Porto.

"Não é só sobre despejos, nem só sobre habitação, mas haverá uma abordagem a casos no parque habitacional da câmara", descreveu.

Entretanto o Bloco de Esquerda decidiu remeter a todas as juntas e uniões de freguesia pedidos de esclarecimento, nos quais pergunta: "Quantas situações de despejo e/ou cessação de contratos de arrendamento tem conhecimento a Junta de Freguesia no que ao arrendamento privado diz respeito?".

Também é questionado: "Quais são os recursos e os mecanismos de que a Junta de Freguesia dispõe para acompanhar esta situação e apoiar as pessoas em face desta situação?".

Já a pergunta dirigida ao presidente da Assembleia Municipal que o BE/Porto diz ter remetido ao executivo independente que lidera a autarquia lê-se que existe "um número alarmante de notificações de despejo em diferentes bairros sociais da cidade".

"Vemos lamentavelmente reforçadas as nossas preocupações com as políticas municipais de habitação em geral - nomeadamente em face dos números de carência habitacional a que estas políticas não respondem - e com a gestão do Parque Habitacional do município em concreto", descreve o requerimento que persegue com perguntas.

"Sendo do conhecimento público que houve várias situações no passado em que a CMPH - Domus Social - Empresa de Habitação e Manutenção do Município do Porto, E.P. retrocedeu na decisão de cessação ou em que o tribunal decidiu em favor da pessoa arrendatária, de que formas assegura a Câmara Municipal, na prossecução do seu dever de garantir os direitos das pessoas, nomeadamente o direito básico à habitação, o acesso à informação e o apoio jurídico que garante direito ao contraditório, impossibilitando arbitrariedades e abusos de poder?" foi uma das perguntas formuladas.

A agência Lusa procurou obter esclarecimentos junto da câmara do Porto, mas até ao momento não foi possível.

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