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"Costa precisa da maioria absoluta ou vai ter problema monumental"

O 22º Congresso do PS marcou o fim-de-semana. Marques Mendes diz que António Costa é líder "incontestável" e que não falou de alianças porque grande objetivo é a maioria absoluta.

"Costa precisa da maioria absoluta ou vai ter problema monumental"
Notícias ao Minuto

23:05 - 27/05/18 por Fábio Nunes

Política Marques Mendes

O Congresso do PS, que se realizou este fim-de-semana na Batalha, terminou sem grandes surpresas e ao encontro de algumas das previsões que Marques Mendes já tinha feito. “Preocupação central deste congresso: poder. O PS está transformado no partido mais pragmático do país”, disse. E sendo assim… “Como não convém criar problemas a esta preocupação com o poder, sobre José Sócrates nem uma palavra!”.

António Costa mostrou-se um “líder incontestável, aclamadíssimo”. Mas com uma preocupação. “Há aqui uma grande preocupação que é tentar obter a maioria absoluta daqui a um ano. É por isso que não se discute política de alianças. António Costa nada disse sobre isso. Nem agora, nem até às eleições porque o objetivo é a maioria absoluta”.

Em causa pode estar a instabilidade governamental. “António Costa percebe que precisa da maioria absoluta. Se não tiver vai ter um problema monumental. Um Governo minoritário vai ter muita dificuldade em repetir a Geringonça e se repetir nunca será com a solidez que teve até hoje. Ou seja, para lhe dar garantia de estabilidade para quatro anos. E quanto ao bloco central, ele e o Rui Rio até podem desejar mas isso resultaria numa implosão no PSD”.

Marques Mendes recuou quase 20 anos para lembrar o que aconteceu a outro primeiro-ministro socialista. “António Guterres ficou muito perto da maioria absoluta em 1999 mas não conseguiu. Ficou psicologicamente abalado, politicamente fragilizado e dois meses depois caiu. Acho que se António Costa não tiver maioria absoluta a história pode repetir-se com outros protagonistas”.

Como se falava antes do congresso, alguns membros do partido podiam aproveitar a ocasião para se perfilarem como futuros sucessores de Costa. Entre eles, há um que se parece ter destacado.

“Pedro Nuno Santos fez uma bela intervenção, assertiva, cortante, com instinto matador. São características de um líder. Podemos não concordar com o conteúdo mas está ali um líder em potência. Há quem diga que é muito cedo. Pois é, mas joga na antecipação e marca terreno”.

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