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Siza Vieira: "Com ministro do PSD, já tinha caído o carmo e a trindade"

Marques Mendes considera que António Costa tem "sorte", já que a oposição não aproveitou a polémica em torno do ministro Adjunto. Considera caso de acumulação de funções "suspeito".

Siza Vieira: "Com ministro do PSD, já tinha caído o carmo e a trindade"
Notícias ao Minuto

22:12 - 27/05/18 por Fábio Nunes

Política Marques Mendes

Pedro Siza Vieira, ministro Adjunto, marcou a agenda política da semana passada mas não pelos melhores motivos. A polémica relativamente à acumulação de funções levou António Costa a sair em sua defesa e argumentar que “ninguém está livre de lapsos”. Mas Luís Marques Mendes não parece convencido, como disse no seu espaço de comentário na SIC.

“O ministro constitui uma sociedade familiar dedicada ao imobiliário na véspera de entrar para o Governo? Na véspera? Quando já não se pode dedicar a essa atividade? É estranho. É suspeito. Sobretudo porque legitima a suspeita que já vi durante a semana no jornal Público de que o ministro que constitui esta sociedade em cima da hora, antes de entrar para o Governo, para colocar lá o seu património e portanto ‘escondê-lo’, ou seja, para não ter de divulgá-lo publicamente. É essa a suspeita que fica e não devia ficar. Perante uma pessoa séria não devia ficar uma estranheza dessa natureza”.

Marques Mendes também admitiu que tem dúvidas face ao cargo de Siza Vieira.

“São muito estranhas as funções do ministro Adjunto. Ele trata da energia mas não é ministro da Energia. Ele trata da economia, mas não é ministro da Economia. Reúne e trata de assuntos com grupos empresariais mas não é o ministro do setor. Tudo isto é muito nebuloso e pouco transparente. Parece que temos dois ministros da Economia”, criticou.

Elogiou uma virtude de António Costa. “Não deixa cair os seus amigos. Já foi assim com Diogo Lacerda Machado e fê-lo agora com Pedro Siza Vieira. Agora acho que amigos, amigos, Estado à parte”, disse, acrescentando depois que o “primeiro-ministro trata com algum facilitismo as matérias de Estado”.

O comentador fez ainda críticas à oposição do Governo.

“António Costa tem uma enorme sorte. Não tem uma oposição que pegue neste assunto. Os líderes do PSD e do CDS nem dizem uma palavra sobre estas matérias. Nem sobre Sócrates, Pinho ou Siza Vieira. Ou estão anestesiados ou condicionados, ou então as duas coisas ao mesmo tempo. Se fosse ao contrário, com um ministro do PSD, já tinha caído o carmo e a trindade”, afirmou.

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