Eutanásia: "Dar cuidados até ao fim é que uma solução de século XXI"
Assunção Cristas reafirmou esta quinta-feira, numa manifestação contra a legalização da eutanásia em frente ao Parlamento, que o CDS é contra "a execução da morte".
© Blas Manuel
Política Assunção Cristas
A líder do CDS marcou esta quinta-feira presença no protesto contra a legalização da eutanásia que se juntou em frente a Assembleia da República, reafirmando a já conhecida posição do partido em relação à questão.
“O CDS afirmou desde o início que é a favor da dignidade da vida até ao final, isto quer dizer a favor dos cuidados paliativos, a favor de um acolhimento aos doentes em todos os momentos da sua vida, e é contra a eutanásia que é a execução da morte”, disse Assunção Cristas, sublinhando que o “Parlamento não tem mandato do povo português para decidir uma matéria tão sensível, tão delicada e tão importante quanto seja esta”.
Para o CDS, “a prioridade está em dar cuidados até ao fim” e “não está em ter mais uma prestação no SNS que seja a execução da morte”.
Comentando os projetos de lei que vão na próxima semana a debate e votação, a centrista disse que estes “vão no mau caminho” e que “não vão no caminho de dignificar a pessoa”.
No seu entender, “vão no caminho, se calhar, mais fácil e mais barato de resolver os problemas no SNS, que devem ser resolvidos dando mais saúde, mais qualidade, mais cuidados, quando não é possível tratar, cuidados que retirem o sofrimento ao doente e apoiem os seus familiares”. “Isso é que é uma solução de século XXI, humana, carinhosa, que nós entendemos que deve ser prioridade para o país”, defendeu.
“Isso é que é uma solução de século XXI, humana, carinhosa, que nós entendemos que deve ser prioridade para o país”, acentuou aos jornalistas no final da manifestação que durou cerca de duas horas e onde estiveram presentes diversas comunidades religiosas, além de psicólogos, médicos e enfermeiros.
De sublinhar que o Parlamento vai votar na próxima terça-feira quatro projetos de lei a favor da despenalização da eutanásia (PAN, PS, BE e PEV). O PCP já fez saber que irá votar contra, considerando que a sua aprovação seria um "retrocesso civilizacional", e, segundo Fernando Negrão, a maioria dos deputados do PSD irá igualmente votar contra. Confrontado com o sentido de voto destes partidos, o PS, afirmou que é "prematuro" antecipar chumbo de diplomas.
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