Bloco questiona Governo sobre venda da sucursal francesa da CGD
O Bloco questionou hoje o Governo sobre a retirada da venda da sucursal francesa da Caixa Geral de Depósitos do plano de reestruturação, alertando para os prejuízos de uma greve prolongada como a que está em curso.
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Política Finanças
A pergunta dirigida ao Ministério das Finanças é assinada pela deputada do BE Mariana Mortágua, que na semana passada esteve em Paris para manifestar o seu apoio aos grevistas da sucursal em França da Caixa Geral de Depósitos (CGD), disponibilizando-se então para "dar voz e megafone" à sua luta, que já dura desde 17 de abril.
O BE quer assim saber se o Governo confirma "as afirmações de Paulo Macedo, relativamente às negociações a decorrer atualmente com a Comissão Europeia de forma a retirar a venda da sucursal francesa do plano de reestruturação" e em que ponto estão.
"Por que razão o Governo assinou um Plano de Recapitalização com Bruxelas, impactando a sucursal francesa, sem ter previamente informado as instituições representativas dos trabalhadores desta Sucursal, como assim o exige a legislação francesa em vigor", inquirem ainda.
No que diz respeito ao movimento de greve na sucursal de França da CGD, Mariana Mortágua pretende saber se o Governo tem "consciência dos prejuízos para o grupo público de uma greve prolongada", questionando que medidas pensa o executivo tomar para evitar estes prejuízos.
Perante "as infrações à lei francesa denunciadas pela intersindical", como o exemplo da interdição de acesso dos trabalhadores em greve às instalações da Comissão de Trabalhadores e às instalações sindicais, o BE interroga qual será a ação governativa "para coagir a CGD a respeitar a lei na sua sucursal em França".
Numa nota escrita enviada à agência Lusa, a CGD afirmou, no início de maio, ter proibido a realização de assembleias-gerais dos trabalhadores nas instalações do banco que estão em greve na sucursal de França, mas garantiu que "o direito à manifestação está a ser respeitado".
Em 12 de abril foi votada uma "greve ilimitada", um movimento apoiado pelos sindicatos Force Ouvrière e CFTC, que querem respostas sobre o futuro da CGD em França, onde há 48 agências e mais de 500 trabalhadores.
A intersindical teme a alienação da sucursal francesa, quer ter acesso ao plano de reestruturação do banco e denuncia "atrasos nos aumentos salariais por mérito e carreiras desde 2016", assim como "disfuncionamentos da sucursal com impactos na saúde física e mental dos trabalhadores".
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