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"Há um surto de indignação e depois volta tudo ao mesmo"

Pacheco Pereira antevê o que se vai passar em relação às agressões em Alcochete. "Há um surto de indignação e depois volta tudo ao mesmo”, disse, relembrando outros casos.

"Há um surto de indignação e depois volta tudo ao mesmo"
Notícias ao Minuto

08:00 - 18/05/18 por Melissa Lopes

Política Notícias

Comentando no programa Quadratura do Círculo, da SIC Notícias, os acontecimentos que têm marcado as notícias nos últimos dias – a invasão e agressões de jogadores e equipa técnica do Sporting em Alcochete -, Pacheco Pereira criticou a intenção do Governo de criar uma autoridade nacional para a violência no desporto.

“É uma patetice”, disse, argumentando que gostaria que “nem um tostão” dos seus impostos “fosse para pagar instituições desse género”.

“Gostaria que nem um tostão dos meus impostos servisse para pagar medidas de segurança extraordinárias (…), para que os clubes pudessem ter isenções fiscais, para bancos que recebem dinheiro dos contribuintes portugueses e que depois perdoam dívidas de uma quantidade enorme de dinheiro”, prosseguiu. 

Pacheco Pereira, aliás, “já sabe o que vai acontecer”. “Vai haver um surto de indignação durante 15, 20 dias, durante um mês, semelhante ao que já aconteceu noutras alturas (lembro-me o que aconteceu com os Super Dragões e a noite do Porto, lembro-me que aconteceu com a morte de um adepto, ou quando, recentemente, uma pessoa que foi atropelada e morta). Há um surto de indignação e depois volta tudo ao mesmo”, lamentou.

Adolfo Mesquita Nunes, do CDS, também não concorda com a criação de uma autoridade nacional. Tal, comentou no mesmo programa, “presume que em Portugal não temos nem autoridade nem instrumentos legislativos ou regulatórios para fazer face a situações como aquelas que se passaram em Alcochete”.

“Recuso-me a acreditar que precisamos de uma autoridade para esse efeito”, posicionou-se, afirmando compreender que, nestas alturas, “há uma grande pressão sobre o poder político para dizer alguma coisa e para fazer alguma coisa”.

“Normalmente, o poder político escolhe uma de duas vias: ou anuncia um pacote legislativo ou anuncia uma nova entidade”, constatou o centrista.

Jorge Coelho, por seu turno, preferiu realçar os efeitos negativos na imagem de Portugal resultantes dos acontecimentos vividos em Alcochete. Para o socialista, "não é só um problema específico" do acto "grave e repugnante", os efeitos negativos, na sua opinião, vão além disso. 

Aquilo que está a acontecer nesta matéria é gravíssimo para a imagem que passa nos países todos onde há jogadores que jogam no Sporting oriundos desses países. O efeito negativo que teve sobre a imagem de Portugal na economia internacional é gravíssimo", comentou. 

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