Rio considera "normal" endurecimento do discurso da UE em relação a Trump
O presidente do PSD, Rui Rio, considerou hoje "normal" o endurecimento do discurso da União Europeia em relação às decisões "no sentido errado" do Presidente norte-americano, Donald Trump.
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Política PSD
"Que os passos que têm sido dados têm sido passos no sentido errado, contrário ao que deveria ser, é evidente, e têm causado uma perturbação brutal no Mundo todo. Veja-se a recente passagem da embaixada para Jerusalém que originou aquilo que todos vimos [62 palestinianos morreram nos confrontos com o exército israelita]. É normal que o discurso vá endurecendo", disse o líder social-democrata.
Rui Rio, que falou aos jornalistas à entrada da reunião do Partido Popular Europeu em Sófia (Bulgária), reportava-se à mensagem escrita pelo Presidente do Conselho Europeu na rede social Twitter.
"Hoje, estamos a assistir a um novo fenómeno: a assertividade caprichosa da administração norte-americana. Quando observamos as últimas decisões do Presidente [Donald Trump], podemos questionar-nos: com amigos destes, quem precisa de inimigos?", escreveu hoje Donald Tusk.
O presidente do PSD defendeu que é preciso fazer um esforço para evitar o caminho que tem vindo a ser seguido pelos Estados Unidos, sem fechar as portas do diálogo, mas demonstrando o desagrado da União Europeia (UE) face "àquilo que é uma evolução negativa".
"Teria sido muito melhor renegociar o acordo com o Irão de uma forma diplomática e pacífica do que causar um terramoto que agora é muito mais difícil de reparar os danos. Estou, naturalmente, com a posição europeia, que é a correta, sensata e equilibrada não só para a paz, mas para o desenvolvimento económico", sustentou.
O Presidente Donald Trump anunciou na semana passada que os Estados Unidos abandonam o acordo nuclear assinado em 2015 entre o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança - Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido -- e a Alemanha).
A chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, vincou a determinação da Europa de cumprir o acordo, que permitiu o levantamento gradual das sanções económicas e financeiras internacionais ao Irão em troca do compromisso de Teerão de limitar o seu programa nuclear a fins civis.
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