O deputado bloquista falava aos jornalistas em Aveiro, onde o BE está a realizar uma campanha junto de trabalhadores e utentes dos autocarros e dos transportes fluviais, que foram objeto de concessão por parte do Município.
Desde então, denuncia o Bloco, os motoristas "estão a ser obrigados a fazer jornadas de trabalho de 12, 13, 14 e 15 horas diárias".
"Isto é um ataque brutal não só aos trabalhadores, mas também à segurança dos utentes porque, como se percebe, os utilizadores do transporte público ficam mais fragilizados e com menor segurança se tiverem motoristas que estejam extenuados por horários de trabalho deste tipo", disse Moisés Ferreira aos jornalistas.
O deputado admite que "neste momento a lei que está em vigor está do lado dos patrões e permite que de alguma forma se possa fazer esse abuso sobre os direitos do trabalho".
"Defendemos a imposição de limites, ou seja, que não se permita que qualquer entidade patronal obrigue os trabalhadores a jornadas de trabalho desta dimensão. Voltaremos não só a questionar no Parlamento, mas também a propor iniciativas legislativas, no sentido de impor um limite diário da jornada de trabalho a que os trabalhadores são sujeitos", disse.