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Ida de Pompeo à NATO é um "gesto político da maior importância"

O chefe da diplomacia portuguesa realçou hoje "o gesto político da maior importância" que representou a participação do novo secretário de Estado norte-americano na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, em Bruxelas.

Ida de Pompeo à NATO é um "gesto político da maior importância"
Notícias ao Minuto

16:38 - 27/04/18 por Lusa

Política Augusto Santos Silva

"O secretário [Mike] Pompeo com a sua vinda fez um gesto político da maior importância, porque, como o próprio começou por dizer na sua intervenção inicial, estava há menos de 24 horas no cargo", começou por salientar Augusto Santos Silva.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português considerou que a escolha da reunião da Aliança Atlântica como destino da primeira visita do novo secretário de Estado tem "um significado político evidente".

"É uma manifestação do empenhamento dos Estados Unidos na NATO que não oferece dúvidas. Como tinha havido, em tempos anteriores, algumas dúvidas suscitadas por umas declarações ambíguas por parte desta administração, a clareza deste gesto tem um significado político evidente", reforçou.

Em janeiro de 2017, o Presidente norte-americano, Donald Trump, considerou que a Aliança Atlântica estava "obsoleta", voltando posteriormente atrás nas suas declarações.

Na quinta-feira, o Senado norte-americano confirmou o diretor cessante da Agência Central de Informação (CIA), Mike Pompeo, como novo secretário de Estado, com mais que os 51 votos necessários, apesar de ser um dos menores apoios na história do cargo.

Com 57 votos a favor e 42 contra, Pompeo, um ultraconservador, passa a dirigir a política externa do Presidente dos Estados Unidos, depois de este ter demitido em março Rex Tillerson.

O resultado de Pompeo é o segundo pior obtido nos últimos 50 anos por um candidato a secretário de Estado, um recorde alcançado pelo seu antecessor, Rex Tillerson, que foi confirmado em fevereiro de 2017 com 56 votos a favor e 43 contra.

Nunca antes um candidato à chefia da diplomacia do país, um cargo cujo processo de confirmação costuma gerar mais consenso bipartidário que outros do executivo, tinha deparado com um apoio tão reduzido no Congresso.

Os opositores à sua nomeação justificam-na com a sua pertença a uma linha dura, com posições ultraconservadoras em temas como o casamento de homossexuais e, em geral, uma visão da política externa demasiado semelhante à de Trump: mais agressiva que diplomática.

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