"Procurador mentiu". Defesa de Sócrates garante que desconhecia gravações
A defesa de Sócrates volta 'a entrar em campo'. Em causa estão agora as declarações proferidas pelo procurador Filipe Preces no programa 'Prós e Contras', emitido esta segunda-feira na RTP1.
© Reuters
País Operação Marquês
O procurador "Filipe Preces (...), diretamente envolvido no processo Marquês e subscritor da acusação, afirmou ontem [dia 23] no programa Prós e Contras da RTP1, que o senhor Eng. José Sócrates e os seus advogados "sabiam perfeitamente que aquela diligência iria ser registada em vídeo e em áudio. Não havia nenhuma surpresa. Aliás consta do auto essa mesma advertência e consta do auto esse consentimento que assim tenha acontecido" ", lê-se no comunicado enviado às redações pelo advogado Pedro Delille.
Além disso, o próprio procurador, salienta a defesa de Sócrates, "justificou estas afirmações com o seu conhecimento pessoal e direto, por ter participado também no interrogatório em causa, de 13 de março de 2017".
Acontece que, prossegue Pedro Delille, "nenhuma destas afirmações é verdadeira".
"O senhor Eng. José Sócrates e os seus advogados não foram informados que o interrogatório estava a ser filmado, não consentiram e do auto do interrogatório nada consta sobre tal matéria; aliás, no auto deste interrogatório não se mostra sequer consignado o início e o termo de cada gravação, ao contrário do que a lei obriga", garante a defesa.
Face a estas declarações proferidas ontem na televisão pública, refere a defesa do antigo primeiro-ministro que "o senhor Procurador faltou, pois, conscientemente e deliberadamente à verdade. Mentiu a todos os portugueses que o estavam a ouvir". Pelo que, conclui Pedro Delille, "à defesa do senhor eng. José Sócrates não resta, pois, alternativa que a de registar e desmentir publicamente tal falsidade".
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