"O que a ministra quer é silenciar os guardas prisionais"
O presidente do Sindicato Nacional dos Guardas Prisionais disse hoje que o Ministério da Justiça quer "silenciar os guardas" para que não haja protestos no período negocial e que a ministra "admitiu que o novo horário tem problemas".
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País Sindicatos
"O que a ministra quer é silenciar os guardas prisionais para não nos manifestarmos durante o período de negociação e isso para nós é prender os sindicatos quando está em prática um horário que ela própria admitiu que tem erros e que precisa de ser corrigido como defendemos", disse Jorge Alves durante uma vigília de protesto junto ao Estabelecimento Prisional da Carregueira.
O presidente do sindicato adiantou que na quinta-feira a ministra chamou os presidentes de três sindicato para transmitir que estava disponível para negociar os novos horários, dado que estes tinham problemas.
A reunião serviu ainda, segundo o sindicalista, para que a ministra se disponibilizasse a discutir um horário de 12 horas no estatuto profissional.
"Não compreendemos porque se disponibiliza para discutir o novo horário e porque é que este tem de estar em vigor depois de dizer que tem erros e que está a provocar problemas graves na segurança dos estabelecimentos prisionais e no psicológico e no físico dos profissionais", acrescentou Jorge Alves.
Num protesto com cartazes onde era pedida a demissão do diretor-geral dos serviços prisionais e exigida uma "carreira digna", várias dezenas de guardas manifestavam-se ruidosamente cada vez que saia um carro da prisão da Carregueira, não tendo poupado o primeiro-ministro nem a ministra da Justiça que estiveram na cerimónia de posse de 386 novos guardas prisionais.
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