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Dados confidenciais dos pacientes "em risco" no Hospital do Barreiro?

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul acusa o Centro Hospitalar Barreiro-Montijo de permitir que pessoal não médico aceda aos dados pessoais e confidenciais dos pacientes. Por seu lado, a administração hospitalar nega que tal aconteça e afirma que, a acontecer, fica a dever-se aos próprios médicos que partilham os dados de acesso à base de dados.

Dados confidenciais dos pacientes "em risco" no Hospital do Barreiro?
Notícias ao Minuto

12:55 - 23/04/18 por Patrícia Martins Carvalho

País Acusação

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS) denunciou, esta segunda-feira, uma situação que “coloca em causa a segurança dos dados clínicos de doentes tratados no Centro Hospitalar Barreiro-Montijo”.

Mais especificamente, lê-se no comunicado divulgado hoje, o Sindicato assegura que há “outros profissionais que não médicos” que acedem à aplicação informática do hospital, onde estão todos os dados dos pacientes, através de um utilizador e password atribuídos ao pessoal médico.

Os tais “profissionais não médicos não só passaram a ter acesso a toda a informação médica, confidencial e que está protegida por segredo médico, como também ficam registados na aplicação como médicos, assumindo uma identidade e competências que não detêm”.

Mais. O Sindicato denuncia ainda que “estes profissionais” registam “observações dos doentes como se de um médico se tratasse”, alertando para o facto de que “estes dados clínicos devem ser absolutamente confidenciais”, até porque são “protegidos por normas legais e pelo segredo profissional médico”.

“O acesso aos dados clínicos não pode ser facilitado. O SMZS considera que essa prática é ilegítima e ilegal, mesmo se determinada por medidas administrativas ou de gestão por parte da hierarquia”, remata o Sindicato.

Hospital desmente Sindicato

Contactada pelo Notícias ao Minuto, a administração hospitalar explica que é utilizado como “Sistema de Informação Clínico a plataforma SClinico desenvolvida pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde”. Para se aceder a este sistema, é necessário um nome de utilizador e a respetiva palavra-passe, sendo esta “definida pelo próprio utilizador”.

Nesta senda, o hospital esclarece ainda que o “acesso à informação do SClinico é diferenciado por perfis de utilizador, sendo definido um perfil para os médicos, e atribuído apenas aos profissionais médicos, e um conjunto de perfis distintos para outros profissionais de saúde (p.e. Enfermeiros, Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, Psicólogos, Assistentes Sociais, Nutricionistas) atribuídos de acordo com a área profissional em que se enquadram”.

Face ao exposto, a administração hospitalar garante que “em nenhum momento é atribuído o perfil médico a profissionais não-médicos”, razão pela qual o “acesso através de perfil médico por profissional não-médico apenas é possível se o médico, contrariando todas as regras e normas de segurança, fornecer os seus dados de acesso a terceiros”.

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