Incêndios: Vila Nova de Poiares vai requalificar linhas de água
A Câmara de Vila de Nova de Poiares, no distrito de Coimbra, anunciou hoje ter celebrado um protocolo com a Agência Portuguesa do Ambiente para requalificar linhas de água afetadas pelos incêndios de 2017.
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Numa nota de imprensa, o município, liderado por João Miguel Henriques (PS), explica que o objetivo do protocolo, formalizado na quinta-feira, é "promover a elaboração de projeto e consequente intervenção de regularização fluvial".
"Este acordo surge na sequência dos incêndios que assolaram o concelho durante o ano de 2017 e irá beneficiar as principais linhas de água atingidas pelos fogos florestais, nomeadamente o rio Alva, a ribeira de Poiares, ribeira da Fraga e o rio Mondego, representando um investimento total de 110 mil euros financiado a 100%", adianta.
Citado na mesma nota de imprensa, João Miguel Henriques considera que o protocolo tem "uma importância vital para a recuperação do património natural fluvial que foi afetado pelas chamas, sobretudo porque as intervenções serão todas realizadas preservando as espécies autóctones, recorrendo a técnicas que não sejam invasivas e que defendam as especificidades de cada área, numa perspetiva de sustentabilidade".
O presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares esclarece que "as intervenções resultantes deste acordo irão também permitir que o património natural renasça das cinzas, devolvendo todo o seu esplendor a estes locais do concelho" que tem no turismo da natureza e nos desportos de aventura fatores de atração.
O município acrescenta ainda que "seguem-se agora os procedimentos para realização do projeto de execução para que as intervenções possam estar concluídas" até ao final deste ano.
Dessa forma, é garantido "o devido escoamento das linhas de água, minimizando a erosão e o arrastamento dos solos", além de "minimizar o efeito de cheias e inundações, bem como permitir a realização de atividades de lazer".
"Com o protocolo vamos intervir em áreas que são importantes, não só para combater a propagação de incêndios, mas ao mesmo tempo para permitir a manutenção das condições naturais destes espaços", disse à Lusa João Miguel Henriques.
Vila Nova de Poiares foi um dos concelhos do país fustigado pelos incêndios, entre junho e outubro, que destruíram cerca de 70 por cento da área do município e na ordem das 60 casas, de primeira e segunda habitação, e ainda devolutas, informou o autarca.
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