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Hospital das Forças Armadas receberá mais militares ucranianos feridos
O Hospital das Forças Armadas vai receber no segundo semestre do ano mais três militares do Exército ucraniano feridos em combate no leste da Ucrânia, anunciou hoje o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes.
© Global Imagens
País Azeredo Lopes
"Em execução desse acordo [de reforço da cooperação com a Ucrânia], Portugal já colheu dois militares ucranianos e, portanto, vai acolher mais três militares ucranianos, a partir do segundo semestre", afirmou o governante.
O ministro falava na Covilhã, distrito de Castelo Branco, à margem do III Seminário IDN Jovem, uma iniciativa do Instituto de Defesa Nacional, que decorre hoje e sexta-feira na Universidade da Beira Interior.
Dando conta de uma visita que realizou, na quarta-feira, a Kiev, Ucrânia, onde se reuniu com o homólogo ucraniano, Stepan Poltorak, Azeredo Lopes reafirmou a posição portuguesa "de não reconhecimento de qualquer anexação ou ocupação territorial de um Estado soberano, como é a Ucrânia", e expressou a "total solidariedade" para com aquele país.
Neste sentido, frisou que o acordo quadro de cooperação, firmado em 2010, com a Ucrânia para a área da Defesa será "reforçado" em vários domínios, nomeadamente na saúde militar.
Segundo especificou, o Hospital das Forças Armadas foi escolhido para dar apoio médico por se tratar de uma "unidade hospitalar de muito prestígio" e por ter uma unidade de queimados graves.
"Evidentemente também haverá muitas outras áreas onde poderemos cooperar em sentido lato no domínio da Defesa, como por exemplo no domínio da segurança naval", acrescentou.
Azeredo Lopes explicou ainda que no encontro com o homólogo ucraniano reiterou que, em tudo o que seja "uma cooperação com equipamento não letal", Portugal irá "continuar a dar provas concretas de que é um Estado solidário com um Estado que respeita e defende a aplicação do direito internacional".
Em comunicado divulgado antes da deslocação a Kiev, o ministério tutelado por Azeredo Lopes lembrou que na visita que realizou no ano passado a Portugal, o ministro ucraniano da Defesa "agradeceu o apoio político e diplomático dado a diferentes níveis, tendo em vista a defesa da independência e da soberania do seu país e sublinhou em particular as posições assumidas por Portugal no âmbito da NATO e da União Europeia face ao conflito com a Rússia".
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