De acordo com os números avançados hoje pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), dos 24.544 docentes que integraram o concurso de mobilidade interna (geográfica), 6915 foram indicados pelas escolas como não tendo componente letiva atribuída (os chamados "horários-zero"), mas este número, que reporta às candidaturas validadas até 31 de julho e que integra as listas provisórias hoje divulgadas, já não corresponde ao número do "horários-zero" existentes neste momento.
Isto porque, a este número, o MEC está ainda a retirar os professores que têm destacamento por doença, destacamento para exercer funções em instituições ou que exercem funções sindicais, e aqueles docentes a quem entretanto foi atribuído um horário.
“As escolas puderam indicar, até ao final do dia de ontem, os horários que necessitam que sejam preenchidos para o próximo ano letivo. Assim sendo, só as listas finais, a serem publicadas no final do mês de agosto, indicarão a colocação desses docentes constantes nas listas provisórias nos horários referidos pelas escolas”, refere o MEC em comunicado, sublinhando que as listas servem para “confirmar e divulgar os dados dos candidatos”.
Os números do concurso de mobilidade geográfica indicam ainda 11.412 candidatos integrados em Quadros de Zona Pedagógica, “que, obrigatoriamente, vieram a concurso por ser o início de um novo ciclo de quatro anos”, uma vez que este ano decorreu um concurso nacional, o que “não permite”, sublinha o MEC, “estabelecer qualquer paralelo com os números do ano anterior”.
Há ainda 6217 docentes que manifestaram intenção de mudar de escola.
Apesar de indicar o número de docentes que concorreram à mobilidade geográfica, o MEC não dá qualquer indicação do número de horários postos a concurso, não sendo assim possível fazer qualquer estimativa de quantos "horários-zero" vão existir depois de terminado o processo de colocações.
No passado ano letivo, quando foram divulgadas as listas provisórias, o MEC revelou que havia mais de 13 mil professores sem horário atribuído.
Este ano, de acordo com as informações divulgadas pelo Ministério, o grupo de recrutamento com maior número de docentes com ausência de componente letiva é o que agrega os professores do 1.º ciclo do ensino básico, que é também o agrupamento com maior número de candidatos a concurso.