"Sociedade já ganhou neste inverno a consciencialização da prevenção"
O ministro Eduardo Cabrita comentou o relatório sobre os incêndios de outubro, que mataram 48 pessoas, focando-se na "conjugação de um conjunto de circunstâncias verdadeiramente extraordinárias" que ditaram a tragédia.
© Global Imagens
País Eduardo Cabrita
O ministro da Administração Interna afirmou esta quarta-feira que o Governo valorizará as conclusões do relatório da Comissão Técnica Independente sobre os incêndios de outubro de forma "ponderada" e "reflectida", à imagem do que fez com o relatório sobre Pedrógão Grande.
Em entrevista à SIC, Eduardo Cabrita passou à frente das falhas que o relatório sobre os incêndios de outubro apontou, preferindo fazer sobressair que o plano de mudança, quer da parte do Governo, quer da parte da parte da sociedade, já está em curso.
"Quando morrem 112 pessoas, é fundamental fazer profundamente diferente", vincou, e isso, garantiu, "está a acontecer". "A sociedade portuguesa já ganhou neste inverno uma consciência totalmente diferente", afirmou o ministro, destacando a prevenção como a prioridade que está a ser dada por todos, Governo e sociedade portuguesa.
"A aposta na profissionalização do sistema e no reforço de meios de combate e a aposta no conhecimento são elementos decisivos para que aquilo que eram temas olhados de forma distante, por vezes esquecidos", sustentou Eduardo Cabrita, sublinhando aquilo que considera ser fundamental no relatório: "A conjugação de um conjunto de circunstâncias verdadeiramente extraordinárias". Circunstâncias para as quais, assumiu o governante, "temos de ter mecanismos de resposta" e que passam pela prevenção.
Sem adiantar quando estima ter as mais de 300 páginas do relatório lido para o comentar, Eduardo Cabrita defendeu que o Governo "ponderará" adotar medidas constantes no relatório, "na medida em que ele tenha uma dimensão inovadora". Isto porque, destacou, o relatório "incorpora muito daquilo que é o reconhecimento de muito que neste momento está já a ser profundamente alterado em todas as componentes daquilo que está aqui em causa".
"Quando olhamos para a dimensão da prioridade à prevenção, diria que isso já está a ser feito", frisou, insistido que "há domínios que constam já da linha de ação do Governo", como o "dotar a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) daquilo que é uma capacidade de intervenção verdadeiramente de banda larga" e a formação de novos 600 elementos da GNR, exemplificou.
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