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GNR tem de intensificar patrulhamento em locais críticos de incêndios

A GNR tem de intensificar o patrulhamento nos locais com forte concentração de ocorrências de incêndio, sobretudo durante o período crítico, segundo o relatório da comissão técnica independente aos fogos de outubro de 2017.

GNR tem de intensificar patrulhamento em locais críticos de incêndios
Notícias ao Minuto

21:22 - 20/03/18 por Lusa

País Incêndios

A Guarda Nacional Republicana (GNR) não deve também permitir que "ocorram transgressões flagrantes", como queimadas e lançamento de foguetes, adianta o documento entregue hoje na Assembleia da República, e que faz uma análise aos incêndios que deflagraram nos dias 14, 15 e 16 de outubro de 2017, com um total de 48 mortos.

O documento avança que a GNR tem de ter uma ação "mais efetiva" no âmbito da prevenção operacional, sobretudo durante o período crítico de incêndios.

"Nesses períodos não deverão permitir que ocorram transgressões flagrantes, sobretudo nos dias de maior risco e com estado de alerta determinados, onde as proibições do uso abusivo do fogo, proibição de lançar foguetes, fazer queimadas e fogueiras nos espaços florestais, aqui tem que se ser inflexível", sustenta a comissão nomeada pelo parlamento.

Os peritos recomendam a realização de um estudo no distrito do Porto para se perceber porque é que todos os anos é este o distrito com o maior número de ignições, sendo também uma forma de "corrigir procedimentos sobre o uso abusivo do fogo".

"O principal objetivo será reduzir o número de ignições de forma significativa, cujo estudo será alargado a outros distritos que estatisticamente evidenciem esta preocupação. A GNR, como agente de autoridade, tem uma força dissuasora superior a todos os outros agentes de proteção civil, podendo e devendo-se usar esta característica para a diminuição de comportamentos de risco", frisa o documento.

Neste sentido, sublinha que "é importante concentrar e intensificar ações de patrulhamento nos locais com forte concentração de ocorrências, cuja localização está atualmente bastante facilitada pela obrigatoriedade de registo e comunicação do local pela primeira intervenção".

"Intensificação de patrulhamento e sobretudo de vigilância móvel armada em zonas e períodos em que sabe existir maior probabilidade de comportamentos de risco, como por exemplo quando é prevista ocorrência de precipitação na sequência de períodos de risco e sobretudo quando estes acontecimentos acontecem já fora do Verão, com aconteceu em outubro de 2017", defende a comissão.

O relatório indica ainda que a rede nacional de postos de vigia, da responsabilidade da GNR, deve ser "ativada sempre que exista maior probabilidade de ocorrência de incêndios e sobretudo quando seja previsível que estas tenham potencial de grande incêndio florestal, sobretudo em áreas de menor densidade populacional e de reduzida visibilidade pela população".

Propõe que as guarnições dos postos de vigia recebam formação sobre comportamento de fogo que lhes permita identificar por indicadores simples o comportamento a eles associado.

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