Autoridades querem intervenção do PR para descongelamento das carreiras
Sindicatos e associações de profissionais das forças de segurança e militares das Forças Armadas decidiram hoje pedir a intervenção do Presidente da República face à "falta de respostas" do Governo quanto ao descongelamento das carreiras.
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"Iremos entregar um documento ao Presidente da República face à ausência de respostas por parte do Ministério da Defesa e face à insuficiência dos contactos com estruturas e forças e serviços de segurança que não foram minimamente satisfatórios", afirmou Mário Ramos, presidente da Associação Nacional de Sargentos (ANS).
O dirigente falava à Lusa no final de uma reunião na sede da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, em Lisboa, que juntou as direções da ANS, Associação de Oficiais das Forças Armadas, Associação de Praças, e Associação dos Profissionais da Guarda, Associação Sindical dos Profissionais da Polícia e do Sindicato Independente dos Agentes da Polícia.
No que respeita aos militares, Mário Ramos disse que as associações representativas ainda não foram chamadas pelo Ministério da Defesa para "iniciar o processo negocial" relativo ao descongelamento das progressões na carreira.
"O que nós queremos é o tempo de 01 de janeiro de 2010 e 31 de janeiro de 2017 seja contabilizado para que a 01 de janeiro possam ser posicionados nas posições remuneratórias em que deviam estar caso não tivesse havido congelamento", declarou.
Mário Ramos disse que será entregue "em data a anunciar" um documento ao Presidente da República para que "dentro das suas competências e da sua capacidade de alertar o Governo, possa ser cumprida uma lei que foi aprovada na Assembleia da República".
Mário Ramos frisou que a lei do Orçamento do Estado para 2018 prevê que a contagem do tempo de serviço "é considerada em processo negocial com vista a definir o prazo e o modo para a sua concretização".
Manifestando "estranheza" face ao "silêncio do Ministério da Defesa", o militar sublinhou que "o processo negocial não foi iniciado com as associações de militares mesmo depois de ter sido solicitada a intervenção do primeiro-ministro".
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