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Alienação de cavalos a 10 euros em Lagos gera polémica. Câmara defende-se

A Câmara Municipal de Lagos lançou uma hasta pública para alienação de cavalos com licitações a começar a 10 euros.

Alienação de cavalos a 10 euros em Lagos gera polémica. Câmara defende-se
Notícias ao Minuto

14:15 - 15/03/18 por Inês André de Figueiredo

País Hasta pública

A Câmara Municipal de Lagos irá proceder, no próximo dia 20 de março, a uma hasta pública para alienação de equídeos que está a ser colocada em causa por diversas associações protetoras de animais, tendo em conta o valor pelo qual se pretende vender os cavalos, já que a base de licitação é de 10 euros.

O receio por parte das associações prende-se essencialmente com o perigo de abate dos animais por parte dos compradores, ou de que os mesmos sejam maltratados. 

A denúncia feita ao Notícias ao Minuto revela ainda que uma das éguas teve um poldro nos últimos dias, não se sabendo se este animal será ou não alienado com os outros que se encontram em hasta pública.

“Ainda que a autarquia tenha eventualmente legitimidade para o fazer, vender cavalos a 10 euros em hasta pública, é no mínimo deplorável, principalmente, tratando-se de um país onde os casos de maus-tratos a equídeos são crescentes, gritantes e bárbaros, especialmente na zona do Algarve”, defende um grupo de cidadãos que preferiu manter-se anónimo.

A mesma fonte explica também que o programa de procedimentos é “completamente absurdo”, por ser “perfeitamente contornável para qualquer matadouro ou para quem os explora brutalmente até morrerem de exaustão”.

“As probabilidades de estes animais caírem nas mãos erradas são enormes”, assegura, ao falar de uma iniciativa vergonhosa e de uma falta de respeito.

Em esclarecimento ao Notícias ao Minuto, a Câmara de Lagos elucida que o município não está “vocacionado nem possui instalações para a permanência de equídeos”, o que levou a “estabelecer um valor que permitisse a alienação”.

“Contudo, importa realçar que o mais importante não é o preço, mas sim que os animais alienados sejam tratados de acordo com a legislação em vigor, sendo por isso necessário que seja demonstrado pelos compradores, e verificado pelo Serviço Médico Veterinário, que possuem as devidas e adequadas condições legais para alojamento e maneio dos animais”, assegura a autarquia.

Os equídeos em causa foram “recolhidos na via pública, tendo por base o apascentamento indevido em espaço público e o perigo que constituíam para os automobilistas” mas, de acordo com o executivo camarário, “não apresentavam sinais de maus tratos nem debilidade física”.

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