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Deputados municipais de Lisboa querem estudo sobre impacto das marchas

A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) aprovou hoje uma recomendação da Comissão Permanente de Cultura, com vista a que a Câmara estude o impacto das marchas populares na cidade e que também assegure "melhores condições de segurança" no desfile.

Deputados municipais de Lisboa querem estudo sobre impacto das marchas
Notícias ao Minuto

18:23 - 13/03/18 por Lusa

País AML

A recomendação foi aprovada com os votos favoráveis de todas as forças políticas (PS, PSD, CDS-PP, deputados independentes, BE, PCP, MPT, PAN, PEV e PPM), à exceção do deputado do PS e presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho, que votou contra.

Os deputados recomendam à Câmara Municipal "que assegure melhores condições de segurança dos marchantes no desfile, no início e principalmente no fecho do desfile de cada marcha na zona dos Restauradores", e também que "desenvolva um estudo sobre o impacto das marchas populares na economia da cidade".

A par disto, os eleitos pedem que seja agilizada a "transferência financeira para as marchas concorrentes a partir de janeiro, atendendo ao esforço financeiro inicial necessário a satisfazer por parte das coletividades indexados aos preparativos organizacionais e logísticos das marchas".

Durante a apresentação do documento, a presidente da comissão referiu que estas questões tiveram por base preocupações transmitidas pelos primeiros signatários de uma petição promovida pelo Ginásio do Alto do Pina e subscrita por 328 peticionários, a propor a participação da marcha do Alto do Pina no concurso de Marchas Populares de Lisboa 2018.

Dado que esta coletividade está em risco de perder a sua sede, os deputados municipais pedem também que seja diligenciada "uma solução para encontrar instalações que permitam a realização dos ensaios da marcha do Alto do Pina".

Já à Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), responsável pela organização deste evento, os deputados pedem que crie uma norma transitória, que determine "o número exato de marchas a concorrer no ano de 2019, quantas marchas participantes em 2018 ficarão de fora em 2019, e quantas marchas deverão ser sorteadas em 2019 para preencher todas as vagas".

Foram vários, e de diversas forças políticas, os eleitos que tomaram a palavra para agradecer a proatividade dos peticionários, salientando a importância das marchas para os lisboetas.

A recomendação hoje aprovada também insta o executivo a promover "a reflexão e o debate com os interlocutores sobre um futuro modelo para as Marchas Populares de Lisboa".

No âmbito desta petição, a EGEAC decidiu que na edição deste ano passam a ser 23 os grupos a concurso, sendo que as marchas do Alto do Pina, Santa Engrácia e Benfica vão também desfilar na Avenida da Liberdade, decisão tomada com base na recomendação da AML.

Na sessão, o representante dos peticionários, Pedro Jesus, congratulou-se com esta decisão.

Por seu turno, o vereador dos Recursos Humanos, João Paulo Saraiva, salientou que "foram dadas indicações à EGEAC pela senhora vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, para que as recomendações desta assembleia sejam acolhidas e tratadas em sede própria regulamentar, de forma a que seja possível dar-lhes execução".

Ainda assim, o autarca advogou que para "encontrar soluções equilibradas" é preciso "fazer escolhas", mas admitiu que "com bom senso e equilíbrio" será possível "encontrar soluções inovadoras".

Na reunião de hoje, a AML aprovou também, por unanimidade, um voto apresentado pelo PAN no sentido de "saudar e homenagear publicamente" o ambientalista Arlindo Marques, conhecido como "o guardião do Tejo".

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