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Porto: Voluntários organizam jantar solidário a favor de crianças sírias

Um grupo de voluntários do Grande Porto organiza no sábado um jantar de angariação de fundos que revertem inteiramente para as crianças vítimas da guerra da Síria, contou hoje a organização, que espera ter "casa cheia".

Porto: Voluntários organizam jantar solidário a favor de crianças sírias
Notícias ao Minuto

10:07 - 13/03/18 por Lusa

País Ajuda

"Não conseguimos ficar indiferentes aos números e a todas as mensagens e imagens que têm chegado sobre a situação das crianças na Síria. Não podemos deslocar-nos ao local, mas podemos ajudar de outra forma", descreveu à agência Lusa Cláudia Bravo, que encabeça o grupo.

São 25 euros por pessoa e a iniciativa, que se chama 'Juntos pelas crianças da Síria', vai decorrer no Clube dos Fenianos Portuenses.

Em causa está ajudar quem mais precisa, sendo que a UNICEF estima que cerca de seis milhões de crianças está em risco na Síria e que pelo menos meio milhão de pessoas está sob cerco. Perto de 1,5 milhões de crianças vivem em zona de difícil acesso e já morreram cerca de 1.000 desde janeiro deste ano.

Cláudia Bravo acredita que a lotação do Fenianos Portuenses, que é de 250 pessoas, seja alcançada e sublinha a frase que tem dado motivação ao grupo de voluntários: "Se com este jantar conseguirmos ajudar duas ou três crianças pelo menos, já ficamos felizes. É melhor do que não chegar a nenhuma".

As verbas angariadas serão distribuídas por três instituições de várias áreas de forma a garantir que, de uma forma ou de outra, a ajuda chega à Síria.

Os Médicos Sem Fronteiras, organização internacional de ajuda humanitária de urgência a vítimas de conflitos armados, epidemias e catástrofes, que opera também na Síria, é uma das organizações que receberá o fruto da solidariedade de sábado.

Somam-se os 'White Helmets' (em português 'Capacetes Brancos') que realiza operações de salvamento nos cenários de guerra, bem como a 'War Child', organização inglesa que tem vários programas para ajudar crianças em locais de guerra, como o programa que visa dar ferramentas educativas a refugiados e alojados em campos de acolhimento em países vizinhos.

"Tentamos focar-nos em três organizações diferentes. Tentamos distribuir por várias áreas de forma a ter a certeza de que a ajuda chega", explicou Cláudia Bravo, acrescentando que a receção da sociedade a esta iniciativa tem sido "muito positiva".

"Nota-se que as pessoas estão preocupadas, não sabem como podem ajudar, mas querem ajudar. Não há uma apatia geral a tudo que nos rodeia. Por isso é que explicamos e reforçamos que mesmo que não possam estar presentes, podem contribuir", disse a organização, prometendo "muita transparência na divulgação e tratamento dos donativos".

Esta não é a primeira vez que este grupo se junta para apelar a causas solidárias. No verão passado, nasceu o "Renascer Pedrógão" com o intuito de ajudar as vítimas dos incêndios que afetaram o centro do país.

Na altura foi criada uma página nas redes sociais, através da qual o grupo de dezenas de voluntários procurou chegar ao maior número de pessoas e empresas possíveis para reunir e distribuir, no local, centenas de produtos alimentares, vestuário, medicamentos, entre outros artigos.

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