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Cientistas da UAlg querem acabar com "superpoderes do cancro"

Sabia que se estima que uma em cada três pessoas sofrerá de doença oncológica nos próximos anos e que uma em cada quatro morrerá por consequências dela? Para travar essa realidade negra, há quem se dedique - de corpo e alma - a tentar compreender porque é que, afinal, o 'bicho' resiste tantas vezes aos tratamentos.

Cientistas da UAlg querem acabar com "superpoderes do cancro"
Notícias ao Minuto

08:06 - 11/03/18 por Melissa Lopes

País Investigação

A luta contra o cancro é feita de pequenas grandes conquistas. É assim com os doentes e é assim também na área da investigação. É sempre uma luta repleta de infindáveis batalhas, para todos.

Os investigadores do Laboratório de Sinalização Celular, do Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR), da Universidade do Algarve (UAlg) querem “acabar” com aquilo que designam como os “superpoderes do cancro” e que, no fundo, fazem com que tratamentos como a quimioterapia não levem a melhor. 

Tendo em conta que a principal causa da morte é a resistência do ‘bicho’ à quimioterapia, e assumindo que algumas células tumorais adquirem uma espécie de “superpoderes” - que as tornam imbatíveis mesmo com a utilização dos melhores e mais sofisticados fármacos -, os investigadores procuram compreender as diferenças entre a ‘linguagem’ utilizada pelas células tumorais e pelas células saudáveis, de modo a tentar tornar a luta contra o cancro mais eficaz.

Assim, os oito cientistas deste laboratório trabalham diariamente para compreender a função de determinadas proteínas para perceber por que motivo a quimioterapia é, literalmente, “cuspida” das células tumorais antes de ter qualquer efeito benéfico para o paciente. O objetivo é compreender os processos que conduzem à resistência aos tratamentos para poder refiná-los através de novas estratégias de combate à doença. 

O laboratório em causa, liderado por Wolfgang Link, tem vindo a estudar o cancro há já alguns anos. Recentemente deu um passo importante na investigação da cura do cancro, ao defender uma nova abordagem para combater células cancerígenas e doenças relacionadas com o avanço da idade. Ou seja, matar as células cancerígenas sem danificar as saudáveis. E de que forma?

Reactivando uma proteína (FOXO) que surge fora do núcleo das células dos tumores. Nesse sentido, a equipa descobriu o composto químico que traz essa mesma proteína protetora par dentro do núcleo da célula que expulsa os componentes malignos. Os investigadores do CBMR acreditam que esse novo composto é menos evasivo que a quimioterapia, que acaba por afetar todas as células do copo humano e que nem sempre é eficaz. 

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