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Operação Marquês: “Nem daqui a um ano vai começar o julgamento”

Miguel Sousa Tavares criticou o facto de ao processo de José Sócrates se ter juntado o processo entre o BES e a PT, que não tem relação direta com o antigo primeiro-ministro, e que vai atrasar ainda mais o julgamento do caso Operação Marquês.

Operação Marquês: “Nem daqui a um ano vai começar o julgamento”
Notícias ao Minuto

22:05 - 05/03/18 por Melissa Lopes

País Sousa Tavares

Miguel Sousa Tavares considerou esta segunda-feira o último ‘desenvolvimento’ no caso Operação Marquês, depois de o Tribunal da Relação ter decidido não aceitar o pedido da defesa de Sócrates de afastamento do juiz Carlos Alexandre.

“É mais uma derrota”, realçou Miguel Sousa Tavares no seu habitual espaço de análise na SIC. Na opinião do comentador, Sócrates “tinha razões para o fazer, para levantar o incidente”. “Sobretudo a partir daquela entrevista do juiz Carlos Alexandre à SIC, quando ele diz, por exemplo, que não tinha amigos que lhe emprestassem dinheiro”, justificou. Em todo o caso, trata-se de mais uma derrota, reforçou Sousa Tavares, lembrando que “não é isto que fez atrasar mais o processo”.

O comentador criticou a enormidade do processo, a que se juntaram outros que, no seu entender, não têm relação direta.

“Caímos naquilo que todas as entidades processuais sempre disseram que se devia evitar – a começar pelo Ministério Público: os megaprocessos”, atirou o escritor, referindo não conseguir perceber por que razão o Ministério Público “foi enfiar no processo de José Sócrates – que já de si era imenso – o processo entre o BES e a PT, que não tem ali relação nenhuma direta”.

No entender de Sousa Tavares, esse cruzamento de processos vai dar origem a um megaprocesso e fazer com que o julgamento se adie ainda mais no tempo. “Primeiro que esteja pronto para ir para julgamento…. não é antes do verão nem depois do verão. Acho que nem daqui um ano vamos começar com o julgamento”, anteviu, sublinhando: “Acho que se deviam ter limitado a acusar José Sócrates por aquilo que achavam que devia ser acusado”.

Na sua ótica, se assim tivesse sido, “o julgamento, em circunstâncias normais, fazia-se daqui a seis meses, por exemplo”. Mas, neste caso, “vamos ter um julgamento com uns 40 arguidos, centenas de testemunhas, que vai durar dois anos e que depois vai ter recursos e mais recursos”, previu o comentador, rematando: “Mais depressa me vou embora aqui da SIC, do que o processo está a terminar”.

O remate final no comentário de Miguel suscitou curiosidade da jornalista Clara de Sousa que questionou Sousa Tavares se este iria sair da SIC, tendo em conta os rumores de que este havia sido sondado para ser diretor do Diário de Notícias. O comentador respondeu apenas que não iria sair da estação. “Sondado é o petróleo e eu sou mais tipo energia alternativa”, limitou-se a dizer.

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