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Portugal participa em projeto de deteção remota de fogos florestais

Portugal participa num projeto europeu de deteção e monitorização à distância de fogos florestais que combina o uso de veículos aéreos não tripulados e um pequeno satélite, cujo lançamento está previsto para setembro ou outubro.

Portugal participa em projeto de deteção remota de fogos florestais
Notícias ao Minuto

09:31 - 28/02/18 por Lusa

País Europa

Os prazos de lançamento do LUME 1, um satélite do tamanho de uma caixa de bolachas, foram avançados pela universidade espanhola de Vigo, que coordena o projeto, num encontro com a imprensa internacional.

O lançamento do microssatélite, o quarto construído pela Universidade de Vigo, será feito a bordo de um foguetão indiano ou da empresa privada norte-americana Space X.

Colaboram ainda no projeto "Fire RS" (WildFire Remote Sensing) o Laboratório de Sistemas e Tecnologia Subaquática (LSTS) da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, especialista na construção e operacionalização de veículos não tripulados subaquáticos e aéreos, e o Laboratório de Análise e de Arquitetura de Sistemas do Centro Nacional de Investigação Científica de Toulouse, em França, que irá processar os dados.

A execução deste projeto-experimental, que, segundo o reitor da Universidade de Vigo, Salustiano Mato de la Iglesia, poderá ser testado em qualquer parte do mundo, termina em 2019 e tem um custo de 1,4 milhões de euros, suportado por fundos europeus.

De acordo com os promotores, o uso deste sistema permitirá a deteção, monitorização e gestão eficaz de um incêndio através de informação precisa e em tempo útil sobre a sua localização e progressão.

Desta forma, os bombeiros poderão tomar "melhores decisões" durante o combate às chamas, assinalou, em declarações telefónicas à Lusa, o investigador do LSTS da Universidade do Porto António Sérgio Ferreira.

Na prática, explicou, os veículos aéreos controlados remotamente vão "fazer o mapeamento do estado do incêndio" através das imagens das frentes de fogo captadas pelas suas câmaras, validando a informação transmitida por satélite e um primeiro alerta de chamas emitido por sensores térmicos colocados estrategicamente no terreno.

Todos os dados reunidos sobre o incêndio serão processados num centro de controlo no Laboratório de Análise e de Arquitetura de Sistemas de Toulouse, que concebeu um simulador de comportamento do fogo com base em algoritmos e informação meteorológica, como as características do vento.

Com esta ferramenta informática, será possível "inferir como o incêndio está a progredir, prever novas frentes que possam surgir", adiantou António Sérgio Ferreira, considerando que as potencialidades do sistema poderão ser maximizadas com uma 'constelação' de microssatélites.

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