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Tozé Brito: "Provar que há plágio é das coisas mais complicadas"

O Notícias ao Minuto esteve à conversa com o músico Tozé Brito, que falou dos procedimentos a tomar em situações como a do Diogo Piçarra, que entretanto desistiu do Festival da Canção.

Tozé Brito: "Provar que há plágio é das coisas mais complicadas"

Diogo Piçarra é uma das figuras que mais está a dar que falar nesta edição do Festival da Canção, embora pelos motivos menos desejáveis. Após ter sido apurado para a final do concurso com a música ‘Canção do Fim’, surgiram acusações nas redes sociais, que apontavam grandes semelhanças entre o tema da sua autoria e uma canção da Igreja Universal do Reino de Deus, datada de 1979.

Perante a polémica gerada à volta a questão, o artista fez um comunicado no qual anunciou que iria desistir do concurso.

Entretanto, ontem, antes de Piçarra ter comunicado essa decisão, o Notícias ao Minuto esteve à conversa com Tozé Brito, vice-presidente do júri do Festival da Canção, que esclareceu as medidas que seriam tomadas para apurar os factos.

“Tem de ser feita uma peritagem por maestros e por gente que tenha um curso de Conservatória. Neste caso vai ser o Maestro Vitorino de Almeida, que, além de ser maestro, é um grande músico e uma das grandes figuras da cultura portuguesa. Pedi expressamente que fosse ele que fizesse isso, porque quero ter um parecer consistente e que venha de uma pessoa com prestígio”, sublinhava, então, Tozé Brito.

Na perspetiva do músico, é bastante difícil gerir situações como esta. “Os plágios são uma coisa muito complicada. As pessoas pensam que um plágio é uma canção ser parecida ou igual à outra, mas não é nada disso. O que se tem de provar num plágio é muito mais complicado, é saber se houve intenção de plagiar ou não. E é bastante complicado, porque se a pessoa que gravou a obra diz ‘eu não tive qualquer intenção’, aconteceu por acaso, nós temos de perceber quais são as possibilidades disso ter acontecido”.

"Há sequências harmónicas e melódicas, que é o caso desta canção, que avaliando, me fizeram chegar à quinta sinfonia de Tchaikovsky. Provar que há plágio é das coisas mais complicadas, porque isto vem tudo do Tchaikovsky, depois há várias versões até chegar à versão da IURD, que é aquela de que se fala”, acrescentou o músico.

Tozé Brito sublinhou ainda que o seu parecer e o do maestro chegariam ainda esta quarta-feira à RTP1.

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