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Limitador de velocidade? Será "tão importante como o cinto de segurança"

Um relatório do Conselho Europeu de Segurança nos Transportes revela dados preocupantes sobre as mortes nas estradas, em especial no que às crianças diz respeito, sugerindo algumas medidas que poderiam contribuir para travar este flagelo, nomeadamente o Limitador de Velocidade Inteligente e a Travagem Automática de Emergência.

Limitador de velocidade? Será "tão importante como o cinto de segurança"
Notícias ao Minuto

10:40 - 27/02/18 por Patrícia Martins Carvalho

País Relatório

Mais de 8 mil crianças, até aos 14 anos, morreram na sequência de acidentes rodoviários nas estradas da União Europeia. Os dados referem-se à última década e mostram também que metade das crianças que morreram eram transportadas em automóveis, um terço das mesmas deslocava-se a pé e 13% utilizavam a bicicleta.

O relatório do Conselho Europeu de Segurança nos Transportes (ETSC) mostra ainda que uma em cada 13 mortes de crianças ocorreu em acidentes rodoviários.

Face a este cenário, o ETSC defende “medidas que podem reduzir o excesso de velocidade são fundamentais para prevenir a morte de mais crianças e pede que a UE exija a instalação de tecnologias de segurança nos veículos”.

Entre estas tecnologias, lê-se num comunicado enviado às redações, contam-se o Limitador de Velocidade Inteligente e a Travagem Automática de Emergência que, para o diretor-executivo do ETSC, “podem ser tão importantes para salvar vidas de crianças como o cinto de segurança”.

António Avenoso lamenta, porém, que exista um "grave risco de os governos ignorarem os enormes benefícios para a segurança que podem ser alcançados hoje, através da instalação de tecnologias de assistência ao condutor comprovadas".

No que diz respeito à velocidade máxima permitida, o ETSC “pede também que os Estados-Membros da UE introduzam zonas com velocidade máxima de 30 km/h em áreas com elevada presença de peões e ciclistas e em zonas de escolas”.

De acordo com o relatório, apresentado esta segunda-feira, a não utilização, inadequação ou instalação incorreta dos sistemas de retenção de crianças continuam a ser um problema significativo na União Europeia.

No caso de Portugal, a taxa de mortalidade das crianças em contexto de acidente rodoviário vem "sendo consistentemente mais baixa do que a média dos países da UE".

José Miguel Trigoso, presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, revela que no "triénio 2014-2016 foi 17% mais baixa, sendo que em 2016 foi mesmo a 5.ª mais baixa".

Relativamente a 2017, refere o responsável, os dados "apontam para uma significativa descida nesta faixa etária (0-14 anos), ao contrário do que aconteceu nos resultados globais", números que se podem justificar pela "generalização da utilização dos sistemas de retenção para crianças e a enorme redução da sinistralidade em peões neste grupo etário são os responsáveis por esta evolução muito positiva".

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