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“Assad é um dos maiores criminosos dos últimos 50 anos”

Miguel Sousa Tavares comentou esta segunda-feira a situação que se vive na Síria. "Isto é para continuar e quem está em Ghouta oriental vai ser massacrado”, disse.

“Assad é um dos maiores criminosos dos últimos 50 anos”
Notícias ao Minuto

21:30 - 26/02/18 por Melissa Lopes

País Sousa Tavares

"Não é preciso ser diplomata para lendo a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprovada por unanimidade no sábado, para perceber que ela não ia ter efeito nenhum”, começou por referir Miguel Sousa Tavares no seu espaço de comentário na SIC, explicando o fracasso do cessar-fogo em Ghouta, na Síria, com o facto de não se ter fixado uma data de entrada em vigor.

Por outro lado, prosseguiu, “abriu-se uma exceção em relação às forças consideradas terroristas, quer pela Rússia, quer pela Síria, quer pela Turquia e quer pelo Irão”. Desta forma, “cada um pode considerar terroristas aqueles que lhes interessa, isso significa que as hostilidades podem continuar”, analisa Miguel Sousa Tavares.

Para o comentador, “ainda houve a esperança que se conseguisse um passo em frente porque foi negociado intensamente durante três dias e a Rússia que era quem mais se opunha, porque a Síria é seu aliado, acabou por dizer que ‘sim’ em termos que equivale a nada”.

Se Ala é grande, espero que Assad um dia seja levado ao tribunal de crimes contra a humanidade e seja julgado como merece, é um dos maiores criminosos dos últimos 50 anos”, atirou Sousa Tavares, referindo que o líder sírio tem tido a proteção da Síria, e tem como aliados, por razões regionais políticas, a Turquia e o Irão. “Essas três forças cada uma está interessada na guerra civil da síria”, frisou.

Quanto aos EUA, são uma carta fora do baralho, na ótica do comentador. “Os EUA, graças à política absolutamente irracional de Trump, deixaram de ser um parceiro no Médio Oriente e, portanto, não contam. Quem manda no Médio Oriente é Putin. E Putin aproximou-se da Turquia, aproximou-se do Irão, e continua com a Síria como seu aliado. Isto é para continuar e quem está em Ghouta Oriental vai ser massacrado”, finalizou.

Desde o início dos ataques de Damasco contra Ghouta Oriental, a 18 de fevereiro, morreram pelo menos 521 civis, segundo os números divulgados pelo observatório sírio dos direitos humanos. Desde o início da guerra civil na Síria, há oito anos, morreram 350 mil pessoas. 

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