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Ano de 2017 com o "desastre natural mais caro da história de Portugal"

Relatório da Aon analisou as perdas económicas dos fenómenos naturais mundiais de 2017. Incêndios do ano passado causaram perdas de 900 milhões de euros para o país.

Ano de 2017 com o "desastre natural mais caro da história de Portugal"
Notícias ao Minuto

11:43 - 23/02/18 por Inês André de Figueiredo

País Relatório

Os incêndios em Portugal totalizaram quase 900 milhões de euros de perdas económicas e o setor dos seguros declarou que este foi o desastre natural mais caro do país. As conclusões são do Relatório Análise de Clima e Catástrofes, publicado pela Aon, e revelam pormenores sobre as perdas mundiais devido às catástrofes naturais.

As seguradoras portuguesas indicam que 2017 foi o ano com o “desastre natural mais caro da história do país”, com as indemnizações a ultrapassarem aos 236 milhões de euros.

“Na Europa, os prejuízos económicos foram causados, maioritariamente, pela grave seca que afetou a Península Ibérica e a Itália, uma das mais graves da história e que foi também uma das principais causas dos incêndios em Portugal. Aliás, a seca registada em Portugal, Espanha e Itália está entre os 10 eventos a nível global com maior prejuízo económico, com perdas superiores a 5 mil milhões de euros (6,6 mil milhões de dólares)”, revela o mesmo relatório.

Além disso, “a Europa registou a maior extensão de terras ardidas desde 1980” e trata-se do “primeiro registo de mais de um milhão de hectares de terras ardidas em toda a Europa”.

Portugal foi o “país mais afetado”, e os “grandes incêndios, em junho e outubro, atingiram 6,1% do território nacional e causaram 111 mortes, o maior número já registado”.

“De acordo com o relatório publicado pela Aon, ao contrário dos quatro principais países do sul da Europa, Portugal não foi capaz de minimizar o impacto dos incêndios florestais a longo prazo. Dados da EFFIS (Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais), revelam que Portugal representou uma taxa de cerca de 13% das terras ardidas por incêndios na União Europeia na década de 1980, 22% na década de 1990, 29% na década de 2000 e, desde 2010, as médias do país aproximam-se de 35%. Essa tendência pode ser atribuída a vários fatores, incluindo a localização de Portugal no caminho dos fortes ventos atlânticos, o aumento das temperaturas e secas prolongadas devido ao aquecimento global e estratégias ineficazes em mitigação de incêndios”, pode ler-se na nota.

O mesmo relatório adianta que, no ano transato, “foram registadas 330 catástrofes naturais em todo o mundo, que provocaram perdas de cerca de 283 mil milhões de euros”.

“Foi o ano mais caro, de que há registo, em desastres climáticos, com custos de 275 mil milhões de euros (344 mil milhões de dólares). Mais de metade das perdas financeiras tiveram origem no continente americano devido ao impacto dos furacões Harvey, Irma e Maria”,  é explicado na mesma nota.

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