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Introdução de português como língua curricular em Friburgo está em estudo

As autoridades portuguesas e suíças estão a estudar a possibilidade de introduzir o português como língua curricular do ensino secundário, no Cantão de Friburgo, na Suíça, disse hoje à Lusa o presidente do Instituto Camões.

Introdução de português como língua curricular em Friburgo está em estudo
Notícias ao Minuto

16:41 - 17/02/18 por Lusa

País Suíça

Segundo Luís Faro Ramos, que espera que esta possibilidade se torne "uma realidade", o alargamento do ensino de português a todos os alunos que pretendam aprender a língua terá um "efeito multiplicador" e será "um exemplo para outros cantões" naquele país, onde residem oficialmente 290.000 portugueses.

"Além do ensino às comunidades lusodescendentes, temos como objetivo principal que o (...) português, não só na Suíça, como noutros países, seja uma língua que integre os currículos escolares", referiu o presidente do Instituto Camões, lembrando que já houve experiências idênticas noutros países, como a Espanha ou a Tunísia.

A Suíça é o país com a maior comunidade de portugueses na Europa, a seguir a França, existindo naquele país 10.000 alunos do ensino básico e secundário a estudar português, ministrado por um grupo de 78 professores, indicou Luís Faro Ramos, sublinhando que, a avançar, o projeto será pioneiro na Suíça.

O presidente do Instituto Camões falava à Lusa à margem do último dia da quarta edição dos "Diálogos com as Comunidades", iniciativa promovida pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, ao abrigo da qual foram realizadas sessões nas cidades de Lausanne, Berna e Zurique, onde hoje terminou.

Em declarações à Lusa, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, revelou que durante três dias foram realizados encontros com um conjunto de aproximadamente 500 portugueses, residentes na Suíça, que aproveitaram a iniciativa para colocar questões do foro legal, fiscal e relacionados com direitos sociais, entre outros.

De acordo com José Luís Carneiro, uma das principais preocupações dos emigrantes portugueses que estão a terminar a sua vida laboral na Suíça está relacionada com o seu desejo de regressar a Portugal, nomeadamente, no que respeita à atribuição de pensões e à portabilidade dos seus direitos sociais.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, que também participou nos encontros, disse à Lusa que, em princípio, os emigrantes portugueses "têm todas as condições" para beneficiar do estatuto de residente não habitual, desde que tenham estado nos últimos cinco anos com residência fiscal fora de Portugal.

Segundo António Mendonça Mendes, muitos emigrantes não sabiam que esse regime era também aplicável aos portugueses, pelo que é necessário que aqueles que queiram requerer esse estatuto se informem e esclareçam a sua situação junto dos serviços de Finanças.

As sessões contaram também com a participação do diretor-geral de Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas, Júlio Vilela.

As edições anteriores dos "Diálogos com as Comunidades" tiveram lugar na Bélgica, no Reino Unido (Londres e Manchester) e no Luxemburgo.

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