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Tribunal da Relação liberta Raul Schmidt

Raul Schmidt é investigado, no âmbito do processo Lava Jato, pelo pagamento de luvas aos ex-diretores da Petrobras que estão, por sua vez, envolvidos no esquema de corrupção, branqueamento de capitais e organização criminosa relacionado com a petrolífera estatal brasileira.

Tribunal da Relação liberta Raul Schmidt
Notícias ao Minuto

21:17 - 15/02/18 por Patrícia Martins Carvalho com Lusa

País Justiça

"O cidadão português de origem Raul Schmidt Filipe Júnior foi hoje posto em liberdade, na sequência de incidente suscitado pela sua defesa, com vista a que os tribunais portugueses não executem a sua extradição para o Brasil, sem antes apreciarem e decidirem se, enquanto nacional português de origem, o mesmo pode ser extraditado para aquele país, que não extradita brasileiros de origem", refere um comunicado da defesa de Raul Schmidt enviado à agência Lusa.

No entender dos seus advogados, Raul Schmidt Filipe Júnior tem nacionalidade portuguesa originária, por nascimento (nasceu neto de portugueses), por força da Lei Orgânica n.º 9/2015, de 29 de julho, que entrou oficialmente em vigor, apenas no dia 01 de julho de 2017.

"Nacionalidade originária, que produz efeitos desde o nascimento e não somente desde o registo por averbamento da atribuição de nacionalidade - conforme esclarecido em pareceres jurídicos dos Professores Rui Moura Ramos, e Paulo Otero", argumenta ainda a defesa.

De acordo com a defesa do empresário luso-brasileiro, Raul Schmidt aguardará "serenamente em sua casa, em Lisboa, juntamente com a sua família", que os tribunais portugueses finalmente apreciem e declarem que, como português de origem, o mesmo não pode ser extraditado para o Brasil.

"Ao contrário do que foi noticiado, este cidadão português nunca esteve foragido. Pelo contrário, tem estado sempre à disposição da justiça portuguesa, como resulta da sua recusa de extradição para o Brasil, no exercício do seu direito a ser julgado em Portugal", conclui o comunicado enviado à Lusa.

Entretanto, o jornal Observador noticiou que Raul Schmidt, apesar de ter sido colocado em liberdade, ficou com as medidas de coação de apreensão do passaporte e apresentações duas vezes por semana às autoridades.

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