Pedro Dias "penitencia-se amargamente por tudo o que aconteceu"
A garantia é de Mónica Quintela, advogada de Pedro Dias - arguido de Aguiar da Beira que é ouvido hoje no Tribunal da Guarda.
© Global Imagens
País Mónica Quintela
Chegou o dia em que Pedro Dias irá pôr fim ao silêncio que mantém desde o início do processo, cujos autos correm no tribunal da Guarda.
De acordo com Mónica Quintela, a responsável pela defesa o arguido, hoje Pedro Dias “irá contar tudo o que se passou e nesse relato irá fazer a assunção das responsabilidades que lhe forem assacadas”. Esta será, com efeito, a altura para “perceber o que aconteceu porque existe uma explicação, ou então estaríamos perante o caso de um serial killer", adianta a causídica.
Questionada sobre a legitimidade do arguido para prestar declarações nesta fase, Mónica Quintela defende que a defesa conhece “o conteúdo dos autos desde que foi levantado segredo de justiça para as partes, em abril” do ano passado. E Pedro Dias poderia “ter prestado declarações no debate instrutório ou até mesmo na abertura deste julgamento. Mas perante todo o circunstancialismo e mediatismo do caso é muito importante que se ouçam todos os envolvidos no processo. É importante que se ouçam os relatos”.
Nas breves declarações aos jornalistas à porta do tribunal, a advogada foi ainda questionada sobre se Pedro Dias irá pedir desculpa, ao que a causídica respondeu com uma interrogação: “Porque não?”. No entanto, garantiu que o arguido “sente-se profundamente penalizado e penitencia-se amargamente por tudo o que aconteceu”, garante.
Entretanto, Pedro Dias terá admitido em tribunal que disparou sobre os militares porque estava a ser agredido.
No dia 30 de março de 2017, recorde-se, o Ministério Público da Guarda deduziu acusação contra o suspeito dos crimes de Aguiar da Beira pela prática de dois homicídios qualificados sob a forma consumada, dois crimes de homicídio qualificado sob a forma tentada e três crimes de sequestro.
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