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Funcionários do Pingo Doce de Lavra em protesto por "abusos de poder"

Cerca de 30 trabalhadores do Pingo Doce de Lavra, em Matosinhos, concentraram-se hoje em frente às instalações protestando contra os "abusos de poder de alguns gerentes", disse à agência Lusa a dirigente sindical Natália Pinto.

Funcionários do Pingo Doce de Lavra em protesto por "abusos de poder"
Notícias ao Minuto

13:07 - 14/02/18 por Lusa

País Matosinhos

Na sexta concentração em nove dias promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritório e Serviços de Portugal (CESP), a coordenadora do Porto, Vila Real e Bragança, Marisa Ribeiro explicou que no horizonte das manifestações está a reunião agendada para o próximo dia 22 com a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) para negociar o Contrato Coletivo de Trabalho.

Sobre o conjunto de ações promovidas pelo CESP "sem recorrer ao pré-aviso de greve" e, por isso, "contando apenas com os trabalhadores de folga ou de férias", Marisa Ribeiro afirmou à Lusa esperar que a mensagem que quiseram transmitir "tenha sido entendida" pela APED.

"Não podemos ceder no que eles pretendem, que é retirar direitos ao contrato coletivo de trabalho a troco da assinatura do contrato. Isso não podemos aceitar, pois significaria baixar a compensação do trabalho suplementar e do dia feriado", denunciou.

Ainda assim, argumentou, a "mobilização foi a que esperada", considerando a coordenadora que "os trabalhadores dão toda a força para não haver cedência nas negociações do contrato coletivo".

A trabalhadora do Pingo Doce e dirigente sindical Natália Pinto relatou à Lusa o quadro que os "funcionários vivem no Pingo Doce de Lavra", acusando alguns gerentes de "abuso de poder" e que tal ocorre "com a permissão das chefias".

"Fiquei chocada quando soube das ilegalidades que são praticadas aqui", disse, citando como exemplos "o assédio moral exercido a duas trabalhadoras, o não deixarem nas pausas os funcionários irem fumar ao exterior, o não fornecimento de fardamento aos trabalhadores, além dos horários que são prolongados até hora e meia além do horário de saída".

E continuou, precisando que as horas a mais no horário normal de oito horas "nunca foram pagas", procedimento que, acrescentou, "não se verifica apenas na loja de Lavra".

Do conjunto geral de reivindicações apresentadas pelo CESP faz também parte "a extinção da tabela B", que se refere aos trabalhadores do Interior e que "paga até menos 40 euros a quem a integra por comparação com quem trabalha nas lojas do Porto e de Lisboa, enquadrados na tabela A", reclamando estes a fixação de uma tabela única.

A Lusa procurou ouvir o gerente da loja do Pingo Doce de Lavra, mas até às 12:20 tal não foi possível.

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